O superiate Wega, de bandeira estrangeira, foi apreendido e lacrado ontem de manhã pela Receita Federal na enseada de Botafogo, no Rio de Janeiro. De acordo com o superintendente da Receita no Rio, Cesar Augusto Barbiero, a embarcação estava irregular no País, já que não apresentou documentos exigidos pelo Fisco para ancorar na costa brasileira.
O iate de luxo, de 60 metros de comprimento, era usado pela empresa de turismo Romano’s Tur, que oferece passeios por toda a costa sul-americana do Atlântico. Ele está avaliado em U$ 6 milhões (R$ 13,68 milhões).
A megaembarcação, segundo a Receita, tem autonomia para ir à Europa e voltar ao Brasil sem precisar reabastecer. Os agentes que lacraram o iate recolheram documentos em seu interior, que serão estudados pela Receita e pela Polícia Federal. “Geralmente, barco nessa situação está envolvido em outros crimes, o que não sabemos se é o caso. Vamos analisar a papelada para ver se há irregularidades”, disse o superintendente. De acordo com Cesar, outras embarcações com problemas semelhantes escondiam lavagem de dinheiro e tráfico, além de promover turismo sexual. A Polícia Federal vai investigar isso.
Dados da Receita mostram que o iate veio pela primeira vez ao País em 2004 e pediu autorização temporária para fazer reforma, só concluída no fim de 2005, quando deixou o Brasil. “Ele voltou este ano e não fomos comunicados. Temos que saber desde quando está por aqui e detalhar os passeios turísticos, para que o proprietário, que chega hoje (ontem) ao Rio, possa pagar os tributos e regularizar a situação”, explicou Cesar.
Dono mora no Caribe
O dono da embarcação, cujo nome a Receita não quis divulgar, mora na ilha Antígua e Barbuda, no Caribe. Lá, o iate é explorado para passeios pela Pegasus Explorer. Para regularizar a situação no Brasil, o proprietário deve pagar todos os impostos cobrados pela Receita. Os principais são o de Renda, o PIS, o Cofins e a Contribuição Social sobre Lucros.
A Receita ainda não tem a estimativa do valor que o Wega deve aos cofres públicos. A operação de apreensão do iate teve apoio da Capitania dos Portos e do 1º Distrito Naval, para onde o iate foi levado por um rebocador da Marinha. O DIA tentou localizar representantes da embarcação, mas eles não foram encontrados.
O Dia
Iate de luxo é rebocado pela Receita Federal no RJ
De acordo com o superintendente da Receita no Rio, Cesar Augusto Barbiero, a embarcação estava irregular no País, já que não apresentou documentos exigidos pelo
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