A ala governista do PMDB conseguiu reunir apoio para convocar a Executiva Nacional do partido amanhã. O grupo vai defender que a convenção oficial do PMDB, marcada para o dia 11 de junho, seja cancelada.
A justificativa é que o partido já se manifestou contrário à candidatura própria há duas semanas numa convenção extraordinária. Dessa forma, não seria necessário discutir novamente o assunto.
A interpretação dos governistas é que basta encaminhar um comunicado ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) afirmando que o partido decidiu que não terá candidatura própria para evitar uma nova convenção. Essa decisão também descarta qualquer aliança do PMDB em torno de um candidato de outro partido.
Os governistas temem que na convenção de junho a tese da candidatura própria seja retomada.
O placar do último encontro foi considerado muito apertado –apenas 48 votos de diferença conta a candidatura– o que dá margem para que os oposicionistas consigam reverter a disputa.
Simon pressiona
Na contramão dos governistas, a ala que defende a candidatura própria lança amanhã oficialmente a candidatura do senador Pedro Simon (RS) ao Palácio do Planalto. Simon terá o apoio do ex-governador Anthony Garotinho, que será lançado como vice na chapa do senador.
O registro da candidatura de Simon será às 11 horas, pouco antes da reunião da Executiva, marcada para as 12h30 desta quinta-feira.
O senador tentou até o último momento um acordo com o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), um dos porta-vozes do grupo contrário a candidatura própria, para evitar o cancelamento da convenção de junho, mas não conseguiu sucesso. Os governistas têm maioria na executiva e devem garantir amanhã o sepultamento da candidatura própria.
Folha Online
