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Médicos terminam relatório e não falam sobre execuções em SP

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O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo terminou nesta tarde de quarta-feira o relatório de vistoria junto ao Instituto Médico Legal, mas não comentou se houve casos de execução entre os mortos da semana passada.

Dos 273 corpos que deram entrada no IML Central da capital, entre os dias 12 e 20 deste mês, 132 foram por armas de fogo. O número não discrimina se eram policiais ou supostos criminosos, muito menos se ligados aos atentados da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

“É temerário dizer se houve execução. Houve tiro na nuca, na cabeça, houve. Mas não dá pra dizer se isso é execução”, disse a jornalistas o presidente do CRM, Desiré Carlos Callegari.

Segundo ele, o relatório de cerca de mil páginas será repassado ao Ministério Público Federal e para a Defensoria Pública do Estado, que acompanham os inquéritos sobre as mortes de supostos criminosos em combate com a polícia.

No final de semana, quando começou a vistoria do CRM no IML, um médico do conselho chegou a comentar com jornalistas que havia indícios de execução nos corpos ali encontrados.

Agora, o conselho afirmou que apenas a polícia técnica científica, de posse de outros documentos do inquérito, poderá chegar a uma conclusão desse tipo.

Callegari explicou que o papel do CRM no IML era apenas de preservar as provas e identificar as condições adequadas de trabalho dos médicos legistas.

O CRM vai continuar com a vistoria em outras 11 unidades do IML que, segundo o presidente, receberam um número bem menor de mortos durante o período analisado.

Em um resumo do relatório entregue aos jornalistas na sede do CRM, os dados informam que, entre o total de corpos que deram entrada no IML Central, 4,55 por cento tinham ferimento por arma de fogo no dia 12. Essa porcentagem subiu para 71,88 no dia seguinte e, no dia 15, para 64,71 por cento.

Autoridades e entidades de defesa dos direitos humanos temem que, durante a represália contra os ataques realizados pelo PCC, possam ter ocorridos casos de abuso policial.

Na terça-feira, após ser pressionado pelo Ministério Público Estadual a entregar a lista de supostos criminosos mortos, a Secretaria de Segurança do Estado revisou o número de mortos ligados ao PCC de 109 para 79. Outros 31 mortos que entraram na lista total foram resultado, segundo as autoridades, de ações rotineiras da polícia, como roubos a bancos ou padarias.

Reuters

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