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OMS convocará reunião urgente sobre crise sanitária palestina

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A Organização Mundial de Saúde (OMS) convocará uma “reunião de emergência” sobre a crise sanitária vivida pelos territórios ocupados palestinos, de acordo com uma resolução aprovada hoje pelos membros do organismo da ONU, na qual Israel é instada a respeitar os direitos desse povo.

Durante a quarta sessão da 59º reunião anual da Assembléia Mundial da Saúde que se realiza esta semana em Genebra, os membros da OMS aprovaram uma resolução nesse sentido com a oposição de nove países, entre eles Estados Unidos, Israel, Uruguai e Suíça, informou à Efe uma porta-voz da OMS.

Entre os países que se abstiveram na votação estão os integrantes da União Européia (UE), segundo a porta-voz do organismo, que acrescentou que ainda não foram definidos os detalhes sobre onde e quando terá lugar essa reunião.

No texto aprovado, se expressa “a preocupação internacional pela deterioração das condições econômicas e sanitárias resultante da contínua ocupação e das graves restrições impostas por Israel”.

A resolução, à qual a Efe teve acesso, também exorta a OMS a apoiar os serviços sanitários e veterinários dos territórios ocupados “visando a estabelecer um laboratório de saúde pública moderno para o diagnóstico da gripe aviária em seres humanos e animais”.

Igualmente, se pede uma investigação sobre a situação sanitária e econômica no território palestino ocupado, incluindo a parte oriental de Jerusalém e o Golã sírio ocupado.

Outras exigências são que a OMS preste assistência médica à população síria na região das colinas do Golã (região anexada por Israel à Síria), que continue oferecendo-a aos palestinos, “incluindo as pessoas com incapacidades e traumatismos”, e que incentive o desenvolvimento de um sistema de saúde nesses territórios, incluindo treinamento de recursos humanos.

No texto, os países reconhecem que a “grave” escassez de recursos financeiros e médicos no Ministério da Saúde palestino “colocam em risco o acesso da população ao atendimento médico e preventivo”, e lamentam “os contínuos ataques do Exército israelense a ambulâncias e pessoal médico palestinos”.

Da mesma forma, o documento rejeita as restrições impostas por Israel à circulação de ambulâncias e pessoal médico, razão pela qual volta-se a pedir ao Estado judeu que derrube as partes do muro construído para separar os dois povos, e suspenda o resto da obras.

A resolução aprovada hoje também pede a Israel que respeite as necessidades humanitárias do povo palestino e que, para isso, pague regularmente e “sem demora” à Autoridade Palestina suas receitas alfandegárias, de forma que os palestinos possam normalizar o atendimento médico à população.

Quanto aos países-membros da OMS, a resolução pede a eles que ajudem a superar a crise sanitária palestina e proporcionem apoio financeiro aos serviços de saúde pública e veterinária para conter a ameaça da gripe aviária.


EFE

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