O prazo para a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo entregar a lista completa de nomes, e os respectivos boletins de ocorrência, dos mortos durante os ataques atribuidos à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) no Estado terminou às 19h30 desta quinta-feira. Com isso, a Secretaria de Segurança Pública do Estado cometeu crime de desobediência de uma ordem judicial, informa a rádio CBN.
Ainda de acordo com a CBN, o setor de Protocolo da Procuradoria encerraria seu expediente às 19h. O MP ainda prorrogou o prazo em 30 minutos, mas não recebeu nenhum documento. O procurador do Estado de São Paulo, Rodrigo Pinho, que está em Belo Horizonte, afirmou que vai se pronunciar apenas na sexta-feira.
Por volta das 20h, a lista completa estava com um funcionário da Secretaria no Instituto Médico Legal, informou o Jornal Nacional.
Na tarde desta quinta, o secretário Saulo de Castro Abreu Filho chegou a confirmar que entregaria ao menos uma relação parcial com os nomes das pessoas mortas entre os dias 12 e 19 deste mês. Abreu Filho garantiu a divulgação da lista, mas pediu paciência.
“A lista será divulgada, mas apenas com o que nós temos. Tudo será esclarecido. Mas nós não vamos colocar na lista o nome de pessoas que amanhã possam não ter correlação com os fatos. Não podemos comprometer as investigações”, disse.
Em portaria, o procurador-geral do Ministério Público Estadual determinou ao Delegado Geral de Polícia Civil a entrega dos boletins de ocorrência, a lista integral dos mortos e as “portarias de instauração de inquéritos policiais relativos aos fatos”.
Já o prazo para a entrega dos laudos periciais iniciais por parte do Instituto Médico Legal se esgotará no sábado. A portaria determina que sejam entregues “cópias de todos os laudos periciais relativos às mortes violentas ocorridas no período indicado”, sem categorização de tipo, se por arma de fogo, de corte ou outro.
Na última terça-feira, o governo de São Paulo reduziu para 79 o número de suspeitos mortos em confronto com a polícia. A polícia também revisou para 110 o número de mortos em confronto com a polícia.
Redação Terra
