Brasil

PF recaptura 29 dos 44 ‘sanguessugas’

A Polícia Federal conseguiu recapturar, até hoje à noite, 29 dos 44 presos da Operação Sanguessuga e prendeu mais um dos acusados de integrar chamada máfia das

A Polícia Federal conseguiu recapturar, até hoje (25) à noite, 29 dos 44 presos da Operação Sanguessuga e prendeu mais um dos acusados de integrar chamada máfia das ambulâncias, José Wagner dos Santos, que também teve ordem judicial decretada. Os recapturados haviam sido libertados terça-feira, numa decisão polêmica do Tribunal Regional Federal (TRF), revogada no mesmo dia pelo Supremo Tribunal Fedral (STF).

Entre os recapturados está o ex-deputado Bispo Rodrigues. As buscas prosseguem amanhã e mobilizam mais de cem homens da corporação em várias partes do País, além do setor de inteligência e dos policiais espalhados nos portos, aeroportos e postos de fronteira. Entre os procurados está o ex-deputado Ronivon Santiago.

Eles respondem a inquérito na PF, acusados de superfaturar licitações para compra de ambulâncias e influenciar a aprovação de emendas parlamentares.

– Aldo diz que Ministério Público apressará investigação de acusados na Operação Sanguessuga

O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), explicou hoje (25) ao deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) as razões para a devolução, ao Ministério Público, da responsabilidade pelas investigações sobre o suposto envolvimento de parlamentares na compra de ambulâncias a preços superfaturados.

A decisão foi anunciada ontem (24) em reunião com os líderes partidários e recebeu críticas de Gabeira, depois que Aldo e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) comunicaram que aguardarão o resultado das investigações para tomar uma atitude em relação aos parlamentares e assessores supostamente envolvidos.

Segundo o presidente da Câmara, a condução das investigações pelo Ministério Público dará celeridade ao esclarecimento da chamada Operação Sanguessuga, desencadeada em ação conjunta com a Polícia Federal.

O vice-líder do PSB, Josias Quintal (RJ), disse acreditar que as investigações da Procuradoria Geral da República “não vão aliviar a barra de ninguém” e aumentam a possibilidade de punição dos parlamentares. Já o líder do governo no Congresso, senador Fernando Bezerra (PTB-RN), considerou acertada a decisão de Aldo e Renan, de aguardar as conclusões das investigações para só então decidir sobre a abertura de uma comissão parlamentar mista de inquérito que investigaria o assunto.

A conferência do requerimento para a abertura da chamada CPMI dos Sanguessugas, realizada pela Secretaria Geral do Senado, considerou válidas apenas 173 das 217 assinaturas colocadas. Foram descartadas as repetidas e um dos deputados retirou o apoio. Para a instalação da Comissão é necessário o apoio de 171 deputados e 27 senadores. No Senado, o requerimento obteve 31 assinaturas, todas válidas.

Para o líder do PFL no Senado, José Agripino Maia (RN), a decisão dos presidentes da Câmara e do Senado não significa o arquivamento da CPMI. E esperar as investigações do Ministério Público é uma “atitude lógica”. Maia disse não ver “como não se instalar essa CPMI – ela já foi entregue com todas as assinaturas necessárias”.

Agencia Brasil

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