O desembargador Júlio Paulo Neto assumiu no final da tarde desta sexta-feira a presidência do Tribunal de Justiça do Estado defendendo que é preciso modernizar o Judiciário. “É preciso modernizar o Judiciário porque na vertigem do tempo profundo dos processos sem fim, direitos e garantias fundamentais, como propriedade e liberdade, são impiedosamente sacrificados”, enfatizou o magistrado em seu discurso.
A posse do novo presidente do Tribunal de Justiça, realizada no auditório do Fórum Cível da Capital e foi presidida pelo decano do TJ, desembargador Antônio Elias de Queiroga, sendo prestigiada por várias autoridades, entre elas o governador Cássio Cunha Lima, senadores José Maranhão e Efraim Morais, presidente da Assembléia Legislativa, Rômulo Gouveia, do TRT, Afrânio Melo e do TCE, José Mariz, além de oito ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), entre os quais o Corregedor Geral do TSE, ministro Cesar Asfor Rocha, do presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, dentre outras.
O desembargador Júlio Paulo Neto disse que durante a sua gestão tudo o que se fizer deverá ser absolutamente transparente e rigorosamente compartilhado, especialmente no que se referir aos dinheiros públicos. “Não decidirei por minha vontade, mas pelo consenso do Colegiado”. Ele destacou ainda que espera chegar a 31 de janeiro de 2007 com a consciência do dever cumprido. “Repartirei com meus pares da Egrégia Corte os sucessos e as eventuais frustrações. Somarei esforços com todos os Juízes e servidores para, ao fim desta gestão, termos, solidariamente, cumprido nossa missão e eu completado o meu tempo”, concluiu.
Saudação
Durante a posse coube ao desembargador Nilo Luiz Ramalho fazer a saudação em nome do Poder Judiciário, que registrou em seu discurso a confiança depositada por todos no comando do novo presidente do TJ. “O desembargador Júlio Paulo Neto não é mais um neófito, pois traz nos ombros a divisa de um capitão de longo curso que sempre soube e saberá navegar no mar bravio e conduzir a embarcação até o porto seguro da legalidade”.
Já a saudação pelo Ministério Público estadual foi feita pelo procurador de Justiça, Agnello José de Amorim, que disse esperar que o desembargador Júlio Paulo Neto amplie ainda mais a ponte de acesso à Justiça, para que ela chegue realmente ao povo, “pois as instituições têm a obrigação de assegurar o retorno social que justifique as suas existências e os custos para a sociedade que lhes sustenta”.
O representante da OAB/PB, o advogado Odilon Fernandes disse em seu discurso que a sociedade está a exigir respostas da Justiça e que se tais respostas não vêm de pronto, isto não se dá pela inércia de seus membros. Sobre o trabalho que será desenvolvido pelo presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Júlio Paulo Neto, ele destacou que o sucesso de sua gestão será a esperança renovada na Justiça paraibana.
