Suzane von Richthofen, de 22 anos, deixou hoje o Centro de Ressocialização de Rio Claro, no interior de São Paulo, por volta das 17h40. A ex-estudante de Direito foi beneficiada por habeas-corpus concedido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) na última sexta-feira, que lhe garantiu o direito de aguardar seu julgamento, marcado para a próxima segunda, em prisão domiciliar.
Suzane, ré confessa do assassinato dos pais, Manfred e Marísia von Richthofen, ficará na casa de seu tutor, o advogado Denivaldo Barni, na zona sul da capital. O julgamento da jovem e dos irmãos Daniel e Christian Cravinhos, seus cúmplices no assassinato, será no Fórum da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo.
Após ser solta em junho de 2005, ela voltou para a prisão em 10 de abril, quando o juiz Francisco Chequini, do Tribunal do Júri, decretou sua prisão pedida pelo promotor Roberto Tardelli. O promotor baseou seu pedido em uma reportagem publicada com exclusividade pelo Estado, em 8 de abril, informando que Suzane queria cuidar do patrimônio da família.
A reportagem revelou que, no fim de fevereiro, Suzane procurou a Justiça pedindo para se tornar a gerente do patrimônio dos pais. A petição, assinada pelo advogado Denivaldo Barni Júnior, atacava duramente Andreas, irmão da jovem, acusando-o de cuidar dos bens com “total descaso e desleixo”, agir “com patente má-fé” e tentar manipular o Judiciário. Na época, o promotor Tardelli disse que Andreas corria risco de morrer.
O pedido de prisão também citou reportagem exibida no dia 9 de abril no Fantástico, da Rede Globo, em que, orientada pelos advogados, Suzane simulou chorar 11 vezes e tentou parecer uma criança traumatizada.
Agência Estado
Suzane deixa cadeia e fica em prisão domiciliar
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