Política

Tucanos e pefelistas têm um mês para fechar alianças nos Estados

Ao formalizar hoje a chapa com o PFL para concorrer à Presidência, Geraldo Alckmin (PSDB) passará a ter prazo de 30 dias para resolver um problema que extrapola

Ao formalizar hoje a chapa com o PFL para concorrer à Presidência, Geraldo Alckmin (PSDB) passará a ter prazo de 30 dias para resolver um problema que extrapola a troca de farpas entre as cúpulas dos dois partidos: um mapa de alianças estaduais que não fecham em pelo menos dez Estados do país, além do Distrito Federal.

O cenário complicado pode ser constatado em um mapeamento interno feito pela direção do PFL. No total, são 11 as localidades nas quais ainda não há acordo entre as siglas: Maranhão, Alagoas, Tocantins, Sergipe, Amazonas, Bahia, Acre, Rondônia, Rio, Goiás e Distrito Federal. Dessa lista, seis casos já são tratados como insolúveis (MA, AL, TO, SE, AM e BA).

A preocupação da coordenação da campanha é que os Estados com “palanques duplos” dificultarão ainda mais o trabalho de angariar votos para Alckmin, principalmente em alguns dos principais colégios eleitorais do país, como Rio (10,7 milhões de eleitores), Bahia (9 milhões) e Maranhão (3,7 mi).

O quadro, antes levado à mesa em todas as reuniões, agora tem sido tratado reservadamente. “Preferimos fazer uma avaliação dos Estados depois da decisão do PDT e do PPS”, afirmou o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC).

As cúpulas dos partidos travam ainda um embate nos bastidores, negociando paralelamente com o PPS. Os Estados em negociação são Rio, Mato Grosso, Acre e Rondônia, onde o PPS tem nomes mais competitivos ao governo do Estado.

No Rio, o prefeito Cesar Maia (PFL) sinaliza apoio à deputada Juíza Denise Frossard (PPS), mas o PSDB resiste a retirar o nome de Eduardo Paes.

Tucanos e pefelistas ainda ganharam uma dor de cabeça de última hora, que ameaça esfacelar o acordo feito no Piauí. O candidato tucano ao governo local, Firmino Filho, comunicou ontem à direção do partido que não subirá no mesmo palanque do pefelista Hugo Napoleão, que concorrerá ao Senado. Bornhausen prometeu uma “intervenção branca”.

Fonte: Folha Online

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