O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Valdir Moysés Simão, disse hoje (31) que a greve dos funcionários é injustificada e pode prejudicar a negociação de parte do acordo estabelecido na greve de 2005.
Ontem, os servidores decidiram fazer uma paralisação até quinta-feira (1º) sob a alegação de que o governo federal não está cumprindo com o acordo assumido no ano passado depois de mobilização de 72 dias.
Em entrevista às emissoras da Rede Nacional de Rádio , ele garantiu que o acordo está sendo rigorosamente cumprido. “Nós entendemos que o movimento não está respaldado pelo acordo de greve. Entendemos que houve um rompimento, sim, por parte do movimento, o que pode prejudicar o andamento das negociações”, rebateu Simão.
Segundo ele, desde janeiro os servidores estão recebendo o reajuste previsto no acordo assinado em 27 de setembro de 2005. O aumento foi concedido, de acordo com o presidente do INSS, por medida provisória editada em 2005 e já convertida em lei.
Em relação ao plano de carreira dos servidores, Simão disse que o prazo para definição da proposta é 30 de junho. “O plano de carreira, estamos rigorosamente em dia. Estamos fazendo reuniões constantes com o movimento para a elaboração”, informou.
De acordo com Simão, no primeiro dia de greve, a adesão foi maior principalmente no Sul do país e em São Paulo, onde cerca de metade dos servidores aderiram ao movimento. No Nordeste, a cidade de Recife (PE) teve a maior participação, com praticamente todas as agências fechadas. No Rio de Janeiro e Minas Gerais, a paralisação foi pequena.
“De uma forma geral, nossas unidades estão atendendo as perícias médicas agendadas porque os peritos não estão em greve e os servidores estão viabilizando esse atendimento”, disse Simão, segundo quem a tendência é que a paralisação seja menor a partir de hoje e que até o final da semana as atividades sejam normalizadas.
Agência Brasil
Presidente do INSS reprova paralisação da categoria
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