Rauf Abdelrahman, presidente do tribunal que julga o ex-presidente iraquiano Saddam Hussein e seus ex-assessores, ordenou a expulsão do meio-irmão do ex-ditador, Barzan Ibrahim Al-Hassan, por gritar dentro da corte.
Abdelrahman decidiu retirar Al-Hassan depois de discutir com ele durante a sessão de hoje, a 31ª desde o início do julgamento, em outubro.
Saddam Hussein acusou o tribunal especial de aterrorizar as testemunhas de defesa e pediu à corte que se mostrasse mais flexível e paciente.
O ex-ditador e sete de seus antigos colaboradores são acusados pela execução de 148 iraquianos xiitas em 1983, condenados em um julgamento sumário depois de uma tentativa de assassinato frustrada contra o então presidente.
Abdelrahman negou o pedido de Saddam Hussein e advertiu às testemunhas que estas poderiam ser castigadas se não agissem de acordo com a lei.
O ex-presidente iraquiano afirmou que “o tribunal aterroriza as testemunhas da defesa, enquanto nunca fez isto com as testemunhas da acusação”.
Saddam fez estas declarações depois que o juiz acusou uma das testemunhas da defesa de “perjúrio” depois de esta lhe dizer que o promotor-geral, Jaafar Al Musawi, tinha oferecido US$ 400 para mudar seu testemunho e depor contra o ex-presidente.
O ex-ministro da Justiça do Catar e advogado de defesa, Najib Al-Naimi, negou ter responsabilidade pelos depoimentos das testemunhas de defesa, “já que não lhes dizemos o que devem dizer ou não em seus testemunhos”.
O juiz rejeitou o argumento de Al-Naimi e advertiu que as testemunhas apresentadas pela defesa “estão acabando com a paciência e a flexibilidade do tribunal ao dar testemunhos que não servem à justiça”.
“Estou decidido a impor o castigo máximo contra qualquer pessoa que tente violar as regras do tribunal”, insistiu o juiz.
EFE
Juiz ordena retirar meio-irmão de Saddam Hussein do tribunal
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