É um pequeno paraíso preservado a apenas 250 km da capital de São Paulo.São 81 praias para agradar a todos os gostos, ao longo de 100 km de costa, praias de águas cristalinas, algumas ainda selvagens e outras com várias opções de atividades esportivas são as únicas do litoral brasileiro cortadas pelo Trópico de Capricórnio. Por isso, é a primeira cidade do hemisfério Sul a receber o verão.
Um pouco da história…
Ubatuba, muito conhecida por suas belezas naturais, também foi palco de momentos marcantes da história brasileira.Os índios Tupinambás foram os primeiros habitantes da região de UBATUBA. Eram excelentes canoeiros e viviam em paz com os índios do planalto até a chegada dos portugueses e franceses, que tentaram dominá-los, com o intuito de assegurar a posse da terra.
Os Tupinambás e Tupiniquins se organizaram formando a “Confederação dos Tamoios” (Tamoios é uma palavra de língua falada pelos Tupinambás que significa “o dono da Terra”, portanto a confederação era a união dos índios que eram os verdadeiros donos da terra), e passaram a enfrentar os portugueses. Os padres jesuítas José de Anchieta e Manoel da Nóbrega chegaram à região com a missão de pacificá-los. Na ocasião, Anchieta tornou-se prisioneiro dos mesmos, permanecendo aqui por quatro meses.
Passados alguns anos, o governador-geral do Rio de Janeiro, Salvador Corrêa de Sá e Benevides, tornou providências para colonizar a região, tendo enviado os primeiros moradores para garantir a posse da terra para a Coroa Portuguesa. O povoado conseguiu sua emancipação político-administrativa e foi elevado à categoria de vila em 28/10/1637, com o nome de Vila Nova da Exaltação da Santa Cruz do Salvador de Ubatuba, tendo como fundador Jordão Albernaz Homem da Costa.
Em 1787, o presidente da Província de São Paulo, Bernardo José de Moura, decretou que todas as embarcações do litoral seriam obrigadas a se dirigir ao porto de Santos, cujos custos eram mais baixos. A partir dessa pressão do governo, Ubatuba entrou em franca decadência e muitos produtores abandonaram os canaviais, os que ficaram passaram a cultivar apenas o necessário para a subsistência.
A situação só melhorou a partir de 1808, com a abertura dos portos, pois a família Real Portuguesa fugindo das tropas napoleônicas, transferiu-se para o Brasil decretando a “Abertura dos Portos às Nações Amigas” em 28 de janeiro de 1808. A medida beneficiou diretamente a então vila. O comércio ganhou impulso com o café, inicialmente sendo cultivado no próprio município e enviado para o Rio de Janeiro. O café se expandiu para todo o Vale do Paraíba e Ubatuba passou a ser o grande porto exportador. A vila passou, em 1855, a categoria de cidade. Novas ruas foram abertas, o urbanismo, no sentido moderno alcançou o município. São criados o cemitério, novas igrejas, um teatro, chafariz com água encanada, mercado municipal e novas construções para abrigar a elite local, dentre as quais a casa nova de Manoel Baltazar da Costa Fortes, hoje sede da Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba- Fundart. Hoje a maioria é lembrada apenas pela presença de ruínas ou pelo nome dado as praias como Lagoinha, Maranduba, Ubatumirim e Picinguaba.
A vila passa a contar ainda com uma estrada calçada com pedras para sustentar o tráfego de mulas carregadas com mercadorias, estreitando a ligação comercial com Taubaté.A construção da ferrovia Santos-Jundiaí à decadência do Vale do Paraíba, que perdeu mercado para a maior produtividade da lavoura de café do Oeste- Paulista (região de Campinas), determinaram o isolamento econômico da região e, em conseqüência, de Ubatuba. A tentativa de construir uma ferrovia entre Taubaté e Ubatuba foi vista com muita esperança, sendo importados trilhos da Inglaterra. Porém durante o governo do presidente Floriano Peixoto foi suspensa a garantia de juros sobre o valor do material importado, provocando a falência do Banco Popular de Taubaté e, em conseqüência, da companhia construtora. A estrada praticamente desapareceu e o tráfego marítimo foi reduzido a escala de apenas um navio a cada dez dias na linha Santos-Rio de Janeiro.
Depois de um longo período, após a revolução Constitucionalista de 1932, com o objetivo de integrar a região cujo isolamento ficou patente no conflito, o Governo Estadual promoveu melhorias na rodovia Taubaté-Ubatuba, passando a cidade a contar com uma ligação permanente com o Vale do Paraíba. Aos poucos, a cidade começa a desenvolver a sua vocação turística, recebendo um impulso decisivo nesse setor, em 1972, com a construção da rodovia BR-101, (Rio Santos).
O que visitar?
AQUÁRIO DE UBATUBA
O Aquário de Ubatuba oferece aos seus visitantes a oportunidade de conhecer de perto um pouco do complexo mundo marinho, tendo entre seus atrativos 12 tanques de água salgada (entre eles um dos maiores tanques marinhos do Brasil, com 80.000 litros), com representantes da fauna local e de outros oceanos.
Uma das grandes atrações é o tanque de contato e manuseio que permite o contato entre os visitantes e diversos exemplares de invertebrados marinhos, como pepinos e estrelas do mar, ouriços, quítons entre outros, sempre com a orientação de monitor especializado.
Durante o ano letivo o Aquário abre diariamente (menos às quartas-feiras, quando fecha para manutenção), funcionando das 10:00 às 20:00 horas de domingo a quinta. Sexta e sábado aberto das 10:00 as 22:00 horas. A taxa para visitação é gratuita para crianças até 5 anos, R$ 3,50 para crianças entre 6 e 10 anos, estudantes com identificação e idosos acima de 65 anos. Adultos pagam R$ 5,00 por pessoa. Grupos com mais de 4 adultos pagam R$ 4,00 por pessoa. Escolas e excursões monitoradas devem entrar em contato para definição do valor de ingresso.
Projeto Tartarugas Marinhas – TAMAR foi criado em 1980 para proteger da extinção as cinco espécies de tartarugas que utilizam o litoral brasileiro para se alimentar e se reproduzir. Desde 1991, o TAMAR vem atuando em Ubatuba, Litoral Norte de São Paulo, desenvolvendo o programa de proteção das espécies em áreas de alimentação, com atividades voltadas à educação ambiental, pesquisa científica e ações sociais e comunitárias envolvendo os moradores locais.
A Base do TAMAR em Ubatuba conta com um Centro de Visitantes onde estão expostas em tanques, exemplares vivos de quatro diferentes espécies de tartarugas marinhas uma maquete representando a desova e o nascimento de filhotes, painéis fotográficos, museu com peças naturais, auditório para exibição de vídeos, biblioteca para consulta, loja de souvenirs, lanchonete e ainda o Museu Caiçara com um acervo de mais de 200 peças. O PROJETO TAMAR é aberto a visitação pública, diariamente, das 10:00 às 12:00 horas e das 14:00 às 18:00 horas. ENTRADA FRANCA!
Cachoeiras
Cachoeira do Promirim – A 25 km do centro da cidade, no km 30 da BR 101 (Rodovia Rio Santos) à margem da rodovia. São várias quedas d’água, uma delas forma um escorregador natural que termina em um dos lagos, em seguida uma grande queda termina formando o maior de todos os lagos.
Cachoeira da Escada – A beira da estrada no km 03 da BR 101 (Rodovia Rio Santos) à 47 km do centro da cidade, em direção ao Rio de Janeiro. Uma das maiores cachoeiras de Ubatuba, com formato de uma gigantesca escada, formando várias quedas d’água.
Cachoeira do Ipiranguinha – A 7 km do centro da cidade pela Rodovia SP 125 em sentido à Taubaté, no bairro Ipiranguinha. Esta cachoeira é cercada de verde por todos os lados, possui uma queda d’água de 07 metros de altura formando uma pequena praia e partes mais fundas, onde os banhistas escorregam por uma pedra lisa, num mergulho refrescante.
Cachoeira da Água Branca – No Sertão da Quina, está o início da trilha com 10 km de caminhada em meio a vegetação da Mata Atlântica. Conhecida também como Véu de Noiva, devido a imensa queda d’água calculada em 300 metros de altura. É imprescindível o acompanhamento de um guia ecológico.
Cachoeira do Espelho – A entrada para a cachoeira é no km 20 da BR 101 ( Rodovia Rio-Santos), pegando-se a estrada de terra que leva em direção ao Sertão do Cambucá. O caminho até a cachoeira pode ser feito a pé, pelo meio da mata. É indispensável a orientação de um guia, que o conduzirá através da trilha ecológica, com todas as informações necessárias sobre o local. O seu lago possui uma enorme pedra no centro, com uma camada de água por cima. Quando os raios do sol batem na pedra, tem-se a impressão de estar diante de um imenso espelho
Roteiro Histórico
Igreja Exaltação À Santa Cruz – Localizada na praça de mesmo nome, foi construída na metade do século XVIII e inaugurada em 1866. Com decadência do ciclo do café, umas de suas torres ficou sem terminar.
Casarão do Porto – Construído em 1846, servia de casa comercial e moradia para Baltazar Fortes. Foi Hotel em 1930, mais tarde comprado por um industrial de Taubaté, Félix Guisard, que usava como residência de verão. Desde 1987 abriga a Fundação de Arte e Cultura ( FUNDART), e Museu Regional. Rua Félix Guisard, Centro – Ubatuba
Praça do Cruzeiro – Localizada na praia de mesmo nome, no centro da cidade, onde o Padre José de Anchieta escreveu o “Poema à Virgem”, ali encontra-se também a Cruz da Paz de Iperoig, primeiro tratado de Paz firmado no Brasil entre portugueses e Tamoios ( 14/09/1563).
Ruínas do Antigo Engenho – Também conhecida como Casa da Farinha, faz parte de um conjunto de ruínas de uma antiga usina de açúcar e álcool, construída no final do século passado, por imigrantes italianos. Abandonada a usina, aproveitou-se a roda d’água para movimentar os aviamentos de uma casa da farinha, construída na década de 50, a qual foi recuperada em 1986. Atualmente a Casa da Farinha é utilizada pelos produtores locais da mandioca e também apreciada como objeto histórico que, tendo sido restaurado, reintroduziu uma tecnologia patrimonial de importante valor cultural, social e econômico. Localiza-se no Sertão da Fazenda da Caixa, ao Norte da BR-101, mais 2 km de estrada de terra, à esquerda da rodovia.
Ruínas da Lagoinha – Antiga construção da fazenda do Engenho do Bom Retiro, construída no final do século XVII. Além do cultivo do café e do açucar mascavo, também fabricava-se aguardente. Alguns ainda dizem que esta fazenda era usada para o tráfico negreiro na época. O processo de tombamento foi concluído em 1986. Ainda podemos encontrar em seu interior o que restou de uma roda d’água, uma pedra de granito de 1,60 metros de diâmetro em formato circular e pelo lado de fora podemos observar a canalização que levava água da roda, que passava atrás da construção para mover a grande roda d’água que funcionava como mecanismo dentro da casa. Distante a 25 km do centro da cidade, á 500m da rodovia, no Bairro da Lagoinha.
Ilha do Presídio Anchieta
Desativado após o levante dos presos em 1952. A travessia em escunas é feita por várias empresas. A ilha constitui área de preservação do Parque Estadual da Ilha Anchieta. Oferece trilhas, praias e costões, ideais para o mergulho contemplativo e educação ambiental.
Projetado por Ramos de Azevedo, começou a funcionar como Colônia Correcional do Porto das Palmas, a partir de 1907 e se transformou em presídio político entre 1930 e 1933, quando houve o primeiro motim. Funcionou como presídio para presos comuns até ser extinto por Jânio Quadros 1955. Em junho de 1952 ocorreu a maior rebelião da época. Cerca de 400 presos dominaram os guardas, mataram soldados e funcionários e fugiram. Muitos foram recapturados, mas a revolta determinou o fim do presídio.
Atualmente a parte frontal do presídio, reformada, abriga a administração do Parque, sala de exposição, auditório, loja do TAMAR, ambulatório e sanitários públicos. As antigas celas, hoje em ruinas têm acesso restrito e já possuem projeto de recuperação para a implantação de atividades culturais e educativas.
Fonte: Revista turismo
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