O presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (PE), vai avisar hoje na reunião da executiva nacional do seu partido que irá desistir de se candidatar à Presidência da República. Oficialmente, o partido não deve apoiar formalmente nem o candidato do PSDB Geraldo Alckmin nem fechar uma aliança com o PDT em torno da candidatura de Cristóvam Buarque (DF). O PPS, dessa forma, vai ficar livre para poder se coligar nos Estados.
A decisão de Freire foi tomada ontem à noite, depois de uma conversa com o presidenciável Geraldo Alckmin. Os dois jantaram na casa do deputado. Foi a última tentativa do PPS para fazer uma aliança formal com o tucano. Mas Alckmin não aceitou as condições do partido que queria apoio para seus candidatos aos governos do Rio de Janeiro e Paraná.
Uma aliança com o PPS obrigaria o PSDB a abrir mão da candidatura de Eduardo Paes ao governo do Rio de Janeiro em prol da deputada Denise Frossard (PPS) e a declarar apoio ao ex-deputado Rubens Bueno, que disputa o governo do Paraná. Alckmin disse que não poderia se comprometer com isso. Freire avisou que sem reciprocidade seria impossível fechar a aliança.
O PPS deverá apoiar o candidato do PSDB, mas informalmente, o que não garante mais tempo na TV para Alckmin de propaganda política nem que o partido estará fechado em torno dele.
A decisão de Freire de desistir da candidatura levou em conta o fato da não viabilização de uma aliança da chamada esquerda democrática –que uniria PPS, PDT e PV em torno de um só nome.
Segundo dirigentes do PPS, a coligação das três siglas não foi possível devido a três fatores legais: a verticalização, as eleições casadas e cláusula de barreira.
Nas palavras de um dirigente, diante desses obstáculo o PPS acabou optando pelo ‘mal menor’ que é ficar livre nas eleições presidenciais para tentar eleger o maior número de deputados federais.
fonte: Folha Online
Freire desiste de eleição, mas não dá apoio formal a Alckmin
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