Política

Banco franco-suíço faz acordo com aérea brasileira para tentar comprar

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Emérson Pieri, representante na América Latina do banco de investimento franco-suíço, cujo nome não foi revelado, afirmou hoje que a instituição financeira já tem um acordo com uma empresa aérea brasileira de pequeno porte para formar um consórcio para disputar a Varig no leilão marcado para o próximo dia 5, na sede da companhia no Rio de Janeiro.

Uma das exigências para participação no leilão é de que os concorrentes sejam empresas ligadas à aviação civil e não tenham mais de 20% de capital estrangeiro.

Segundo ele, o banco, por meio da Azulis Capital, empresa que atua em consultoria financeira, fusões e aquisições, já fez o depósito dos R$ 60 mil para acessar o “data-room” da Varig, sala com informações confidenciais sobre a companhia.

Pieri afirmou que o banco franco-suíço já contratou uma equipe especializada para analisar os dados da Varig na sala de informações, mas antes disso espera uma resposta do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) sobre as condições de financiamento caso vença o leilão de venda da companhia aérea.

“Nós temos dinheiro para comprar a Varig inteira [operações domésticas e internacionais], mas precisamos de reserva de caixa. Portanto, queremos saber, antes do leilão, quais são as condições de financiamento do BNDES, como taxa de juros, pedido de garantias, entre outros”, disse.

O BNDES divulgou anteriormente que poderá financiar o vencedor do leilão da Varig em até dois terços do valor de aquisição, e que em sua análise vai considerar a técnica e a prudência bancária.

O leilão da Varig está marcado para as 10h de segunda-feira, no hangar da companhia localizado no centro do Rio.

O investidor poderá fazer oferta pela companhia integral –operação nacional e internacional, denominada Varig Operações– ou separada –somente operações domésticas, chamada de Varig Regional. Os preços mínimos são, respectivamente, US$ 860 milhões e US$ 700 milhões. Nos dois modelos de venda estão excluídas as dívidas da companhia, estimadas em R$ 8 bilhões.

Até o final desta manhã, já tinham acessado o “data-room” da Varig a companhias Gol, TAM, TAP e OceanAir.

Fonte: Folha Online

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