Fontes egípcias confirmaram hoje que as duas pessoas mortas na fronteira do país com Israel são oficiais da Polícia do Egito, integrantes da guarda fronteiriça.
Segundo um escritório da agência “Mena”, que cita fontes da segurança local, os cadáveres de Mohammed Sadeq e Ayman Hamed, ambos oficiais, foram achados ao lado do posto 53 da fronteira do Sinai, entre Egito e Israel.
Os policias estavam exatamente a 200 metros da fronteira e “foram achados com suas armas e seus equipamentos completos”.
O Governo do Egito abriu uma investigação sobre o que aconteceu.
Embora a nota não seja precisa, tudo indica que este fato seja o mesmo divulgado esta manhã em Israel, no qual foi informado que “dois milicianos vestidos com uniformes” haviam sido mortos na fronteira egípcio-israelense.
Segundo fontes israelenses, três homens avançaram cerca de cem metros no território do Estado judeu e abriram fogo contra os soldados de Israel. Um deles, apesar de ferido, conseguiu retornar ao o Egito.
De acordo com a rádio pública israelense, o ministro da Defesa Amir Peretz ordenou que as forças de segurança de Israel coordenem uma investigação conjunta com seus homólogos egípcios para investigar o que ocorreu.
O incidente, muito incomum na fronteira entre os dois países, acontece dois dias antes de o presidente egípcio, Hosni Mubarak, reunir-se com o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, na localidade de Sharm el-Sheikh, na primeira visita do premier a um país árabe.
Após os Acordos de Camp David entre Egito e Israel, em 1979, a Península do Sinai está desmilitarizada e, como conseqüência, o Exército egípcio não tem presença no território.
O Governo do Egito se queixa com freqüência que a falta de soldados do país na região dificulta o controle da península, o que seria, em parte, a causa da multiplicação de incidentes terroristas no Sinai (três atentados contra objetivos turísticos em um só ano), assim como a infiltração de palestinos pela área de Rafah, fronteiriça com Gaza.
EFE
