As grandes potências concordaram em reunião realizada em Viena que “em nenhum caso” recorrerão ao uso da força militar contra Teerã, disse hoje Serguei Lavrov, ministro de Assuntos Exteriores da Rússia.
O chefe da diplomacia russa disse também que os participantes da reunião realizada nesta quinta-feira (EUA, Rússia, Alemanha, Reino Unido, França, China e União Européia), decidiram não apresentar ao Irã nenhum tipo de ultimato que estabeleça prazos fixos para que o país responda às suas reivindicações.
“Acho que a resposta de Teerã acontecerá no decorrer das próximas semanas”, disse Lavrov, citado pela agência “Itar-Tass”, ao comentar a reunião de Viena entre os chanceleres dos cinco membros do Conselho de Segurança da ONU, mais a Alemanha e a UE.
Na opinião de Lavrov, se Teerã rejeitar as propostas, os autores do projeto “terão todo o direito de voltar a debater uma resolução sobre o Irã no Conselho de Segurança”.
O chanceler russo indicou que a reunião de Viena permitiu “elevar o nível de participação” de Rússia, EUA e China no processo de negociação sobre a crise iraniana.
“Os países participantes da reunião estão dispostos a atuar seguindo a linha comum nos assuntos referentes à regra pacífica do problema nuclear do Irã”, indicou Lavrov.
O diplomata russo também acrescentou que os membros do Conselho de Segurança sustentarão as negociações “diretas” com Teerã.
Por outra parte, o chefe da filial russa do Centro Internacional de Informação de Defesa, Iván Safranchuk, não acredita que o Irã vá aceitar as condições estipuladas em Viena.
“O Irã não quer ceder e defenderá sua postura até o último momento. A julgar por tudo (que aconteceu até o momento), Teerã não aceitará as condições” aprovadas pelas grandes potências, assinalou Safranchuk à agência “Interfax”.
EFE
