Alunos e professores da UFPR (Universidade Federal do Paraná) estão na região para analisar rochas existentes nos sítios paleontológicos. Estudo faz parte de um projeto em escala maior realizado pela universidade, que abrange também outras regiões, como o norte do Paraná.
Segundo o coordenador do Museu de Paleontologia de Marília, William Nava, os alunos terão oportunidade de visitar afloramentos rochosos, como a serra de Avencas, que além da beleza topográfica também se constitui numa verdadeira aula de geologia.
A região apresenta amadas estratificadas de rochas formadas há cerca de 70 milhões de anos, quando os dinossauros ainda existiam. É nessas áreas que Navas iniciou suas pesquisas de forma amadora e permitiu diversas descobertas. “Na serra de Avencas já foram encontrados fragmentos ósseos de dinossauros. Dessa forma, os vales e itambés da região são como páginas abertas da história evolutiva da Terra e muito podem contribuir para um melhor entendimento dos processos geológicos pelos quais passou nosso planeta”, disse Nava.
Após a visita a campo os estudantes devem conhecer o Museu de Paleontologia, onde vão visualizar os fósseis expostos, como o crocodilo primitivo Mariliasuchus amarali e ossos do herbívoro Titanossauro, encontrados na região. “O Museu de Paleontologia de Marília, único em todo o Oeste do Estado, vai gradativamente ganhando destaque e se tornando um dos grandes atrativos culturais e turísticos desta parte do Estado de São Paulo”, informou Nava.
O material já revelou sua representatividade ao ser selecionado para integrar no começo do ano a exposição Dinos na Oca, uma mostra internacional de fósseis, imagens e informações que apresentou pelo menos três peças da cidade. [Diário de Marília]
