O Governo dos Estados Unidos consideram “especulação” a ameaça do Irã de interromper sua provisão de petróleo caso a Casa Branca adote medidas negativas e erradas na disputa em relação ao programa nuclear do país asiático.
O aiatolá Ali Khamenei, líder espiritual iraniano, afirmou neste domingo que seu país pode interromper a provisão de petróleo na região do Golfo Pérsico caso os EUA adotassem uma “iniciativa equivocada” contra a República Islâmica.
Em declarações à imprensa, o porta-voz da Casa Branca, Tony Snow, rebateu as declarações alegando que Khamenei fez uma ameaça “em caso de uma invasão americana”. “Isso é uma declaração teórica”, completou.
O porta-voz não quis apontar quais seriam as atitudes que os EUA tomariam caso a ameaça se tornasse realidade, e se limitou a dizer que com isso o Irã “não seria apenas irresponsável, como também apresentaria um fato que não possui precedentes”.
Os EUA ofereceram na última semana participação nas negociações entre a União Européia e o Irã caso o país asiático abandonasse primeiro suas atividades para enriquecimento de urânio.
A oferta faz parte de um conjunto de incentivos e medidas estipulado pela Alemanha e pelos cinco países-membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU – EUA, Rússia, China, França e Reino Unido -, e que o alto representante de Política Externa da UE, Javier Solana, apresentará a Teerã amanhã.
Snow pediu aos países que demonstrem paciência enquanto o Irã estiver examinando a oferta internacional. “Deixemos que os iranianos examinem quais são os incentivos com tempo. É possível que haja consultas rápidas. Aconselhamos paciência”, acrescentou.
Os EUA consideram que o programa nuclear iraniano tem como finalidade a fabricação de uma bomba atômica. Já o país asiático assegura que seus objetivos envolvem apenas a produção de energia elétrica para sua população.
EFE
