O atendimento do Hospital Universitário Lauro Wanderley, em João Pessoa, está reduzido pela metade em virtude da greve dos 76 médicos residentes. Apenas a UTI está funcionando e as pessoas que estão internados estão recebendo atendimento até terem alta médica. Novas internações estão suspensas e metade das cirurgias também foram adiadas. Apenas o ambulatório está funcionando, já que as consultas e exames são feitos por profissionais concursados do HU e médicos professores.
Os médicos residentes da Paraíba acompanham o movimento nacional, deflagrado dia 1º deste mês, pela Associação Nacional de Médicos Residentes. A categoria está reivindicando um reajuste de 50% na bolsa, que atualmente é de R$ 1.474,00. Caso a categoria consiga esse percentual, o valor da bolsa passará para R$ 2.211,00.
Segundo Erick de Moraes Vilar, médico residente, na última sexta-feira (03), houve uma reunião em Brasília e ficou decidido que o Ministério da Educação encaminhará um projeto de lei que altera o valor das bolsas dos residentes. “Caso o congresso não ponha o projeto em votação o MEC validará o reajuste através de medida provisória. Essa foi a proposta apresentada na última reunião, mas estamos esperando o comando de greve nacional se pronunciar”, afirmou.
Os médicos do Lauro Wanderley atuam nas áreas de Cirurgia Geral, Clínica Médica, Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia, Oftalmologia, Doenças Infecto-contagiosas e Unidade de Terapia Intensiva (UTI) geral. Ainda de acordo com Erick de Moraes Vilar, os 25 médicos residentes do Hospital Universitário Alice Carneiro, da cidade de Campina Grande, também aderiram à paralisação.
Redação
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