Paraíba

Passagem mais cara: estudantes ameaçam protesto nas ruas

Na reunião foram apresentadas duas planilhas de custos: a primeira foi levada pelos empresários de transportes coletivos, onde mostrava os gastos ao longo do an

Após a reunião do Conselho Tarifário Municipal que aconteceu na manhã desta quinta-feira (16), algumas entidades estudantis já se mobilizam para garantir o menor aumento possível da tarifa nos coletivos de João Pessoa. Segundo o presidente da União Pessoense estudantes Secundaristas (UPES), Hércules Soares, um ofício será encaminhado para a Prefeitura e para o Governo do Estado a fim de marcar uma audiência pública com o objetivo de pedir a redução dos impostos aos empresários.

Hércules informou que se os estudantes não forem atendidos pelos gestores municipal e estadual, um protesto nas ruas virá como conseqüência. “Não vamos cruzar os braços, vamos para as ruas lutar por nossos direitos”, desabafou. A UPES tem como parceiro na luta estudantil, o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). O presidente explicou que os protestos serão semelhantes ao dos anos anteriores.

Na reunião foram apresentadas duas planilhas de custos: a primeira foi levada pelos empresários de transportes coletivos, onde mostrava os gastos ao longo do ano. Os empresários sugeriram o valor de R$ 1,71, um aumento de R$ 0,26.

Por outro lado, a Superintendência de Transportes Públicos de João Pessoa (STTrans) apresentou uma planilha diferente e sugeriram o preço de R$ 1,66 para a tarifa urbana.

Dessa forma, o presidente da UPES se posicionou a favor da STTrans. “Não podemos trabalhar com utopia, é melhor garantirmos o menor valor da tarifa”, explicou.

Bilhetagem eletrônica e Passe Estudantil

Sobre a bilhetagem eletrônica, Hércules se mostra favorável ao novo sistema. “Será um passo importante, pois ainda temos um sistema arcaico”, ressaltou. O presidente acredita que um dos benefícios da bilhetagem será o uso correto da meia passagem.

“Na próxima semana vamos intensificar a campanha nas escolas de João Pessoa”, destacou. Segundo Hércules, o maior problema não é a falsificação de carteiras e sim o uso do passe por quem não é estudante.

Semana passada foi apresentada uma planilha que mostrou que o passe estudantil correspondeu a 44% do lucro das empresas no mês de outubro. “Infelizmente o percentual não corresponde ao número real de alunos na capital”, finalizou.

Valéria Sinésio
ClickPB

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