O presidente da Infraero (estatal que administra os aeroportos do país), brigadeiro José Carlos Pereira, disse nesta quarta-feira, em Recife, temer que os sucessivos atrasos em vôos ocorridos em aeroportos do país causem uma crise no turismo.
Desde o fim de outubro, a falta de controladores de tráfego aéreo e uma operação-padrão diminuição de vôos por profissional e aumento no intervalo entre decolagens, realizada no Cindacta 1 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo), com sede em Brasília, causou atrasos generalizados. O auge da crise foi o feriado prolongado de Finados, em 2 de novembro.
Durante um seminário internacional de segurança no vôo, Pereira afirmou que a crise pode fazer com que turistas estrangeiros optem para destinos fora do Brasil.
"O turista, principalmente o internacional, não quer se arriscar a ir para uma região onde não tem certeza de que o vôo dele vai sair", disse. "Se todos cooperarem, haverá prejuízos, mas não tão significativos", completa.
Na semana passada, o ministro da Defesa, Waldir Pires, disse não acreditar que os problemas afetem a as viagens durante o Natal e o Réveillon, quando ocorre aumento de passageiros e vôos. O presidente da Infraero, no entanto, disse que "a solução definitiva da questão só deve ocorrer no prazo de um ano e meio".
Folha Online