Apesar de reconhecer o ´mal-estar´ entre duas de suas principais lideranças, o deputado federal Wilson Santiago, líder do PMDB na Câmara dos Deputados, declarou ao Portal Clickpb que o partido na Paraíba terminará 2006 unido. O deputado reconheceu o que chamou de “mal-estar e divergências” entre os senadores Ney Suassuna e José Maranhão, mas declarou que tudo estará superado antes do final do ano.
Ele declarou que o senador Ney Suassuna permanecerá no partido. E que, inclusive, estará pronto para defender a indicação de Maranhão para um ministério no segundo governo Lula. “Tanto Ney quanto Maranhão estão prontos para darem apoio entre si em nome da unidade do PMDB”, disse.
Ney Suassuna saiu da campanha criticando o tratamento que recebeu do senador Maranhão, que chegou a insinuar, no auge das denúncias da máfia das sanguessugas, que o parlamentar deveria renunciar da candidatura à reeleição. Livre da cassação, Suassuna voltou a lamentar o tratamento dispensado.
Santiago não acha que Maranhão deve desculpas. “Maranhão pediu votos para Ney”, declarou.
Presidência – Em nível nacional, Wilson Santiago defendeu que o PMDB lance candidato próprio à presidência da Câmara Federal. A tese foi discutida durante jantar realizado na noite de ontem (28), em Brasília, que reuniu quase cem deputados do partidos, entre os atuais e os eleitos para 2007.
“Isso é uma prerrogativa regimental. O PMDB é o maior partido da Câmara e deve lançar um candidato a presidente”, declarou.
Para o líder, essa perspectiva de disputa não trincará a relação com o governo Lula. “São dois poderes diferentes. Queremos fazer parte do governo de coalizão, inclusive com participação no Conselho Político, mas temos que brigar pelo nosso direito de ser partido”, disse.
O deputado declarou ainda que a discussão sobre participação direta no segundo governo Lula ainda entrará em pauta de discussão. Mas admitiu que o PMDB da Paraíba vai brigar pela indicação de Maranhão. “Vamos fazer a nossa parte, mas o presidente é quem decide”, declarou.
Redação Clickpb