Os brasileiros podem experimentar hoje ao menos um gostinho de vingança: o longa “Turistas”, que chega aos cinemas americanos nesta sexta (1º), foi massacrado pela crítica nos EUA. Ambientado no Brasil, o filme de terror conta a história de um grupo de mochileiros gringos que são roubados, seqüestrados e torturados por uma quadrilha de tráfico de órgãos durante seu passeio pelo litoral tupiniquim.
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“Se burrice fosse crime, os idiotas desse filme barato estariam presos”: é com essa frase nada simpática que começa a crítica do jornal "New York Times" a “Turistas. Mais à frente, o texto classifica o longa como “sujo” e “letalmente retardado” e afirma que ele “envolve turistas do primeiro mundo que são violentamente punidos por viajar a um país do terceiro mundo e toma essa posição política abertamente”.
Outro grande jornal americano, o "Los Angeles Times" também torceu o nariz em sua crítica: “mais da metade do longa é construído em cima de idéias idiotas”. O jornal ainda disse que “o cenário brasileiro estereotipado, com caipirinhas rolando soltas e gatinhas de biquíni, se encaixa naturalmente no gênero terror-adolescente, que no fundo é enraizado na noção puritana de punição”. O texto termina com a seguinte frase: “ ‘Turistas’ é mais a encarnação do que uma crítica à paranóia xenófoba”.
A revista especializada “Variety” descreve o filme como “bobo e esquecível” e o compara ao longa “O albergue”, dirigido por Eli Roth. “Sem dúvida o Brasil vai curtir seu retrato tanto quanto a República Tcheca, em ‘O Albergue’”, diz ironicamente o texto, que define a mensagem do longa da seguinte forma: “Não vá lá! Eles nos odeiam! Não apenas esses brasileiros malucos falam uma língua esquisita, como metade deles é psicopata.” E acrescenta, humildemente: “qualquer um que julgue os EUA por meio de nossos filmes vai chegar à conclusão de que somos bem burros”.
G1