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Bush impõe condições para aproximação com Síria e Irã

O presidente americano, George W. Bush, disse nesta quinta-feira que a possibilidade de uma aproximação diplomática com Síria e Irã para tentar controlar a situ

O presidente americano, George W. Bush, disse nesta quinta-feira que a possibilidade de uma aproximação diplomática com Síria e Irã para tentar controlar a situação no Iraque depende de ações dos dois países que comprovem que eles estão dispostos a colaborar. Depois de se reunir com o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, em Washington, Bush disse que a política dos Estados Unidos em relação ao Irã só mudará se o governo iraniano suspender, de maneira comprovada, o seu programa de enriquecimento de urânio.

Ao falar sobre a Síria, Bush afirmou que o país precisa ser pressionado a parar de desestabilizar o governo do Líbano, a impedir que armas e dinheiro sejam encaminhados aos insurgentes no Iraque e a deixar de abrigar terroristas.

"A verdade sobre esse assunto é que esses países têm agora que fazer uma escolha", disse o presidente americano.

"Se eles querem se sentar à mesa com os Estados Unidos, é fácil: apenas tomem algumas decisões que levarão à paz, não ao conflito", acrescentou Bush. "Esses países entendem nossa posição. Eles sabem o que se espera deles."

Já Blair disse que, antes de uma maior aproximação diplomática, Síria e Irã precisam manifestar de maneira clara apoio ao governo democraticamente eleito do Iraque e o desejo de acabar com o sectarismo e o terrorismo.

Novo rumo

Bush e Blair se reuniram em Washington um dia depois da divulgação de um relatório elaborado pelo Grupo de Estudos sobre o Iraque, uma comissão americana bipartidária.

O documento diz que a situação no Iraque "é grave e está piorando" e recomenda mudanças na estratégia dos Estados Unidos para o país.

Bush disse que o relatório merece uma "séria consideração", mas se recusou a dizer se concorda com as propostas do documento de uma aproximação diplomática com Irã e Síria.

Ao lado de Blair, o presidente americano reconheceu que a situação no Iraque é "ruim", mas negou que a violência no país seja o resultado de erros de planejamento.

Durante entrevista coletiva conjunta, Bush e Blair admitiram que Estados Unidos e Grã-Bretanha precisam encontrar uma nova maneira de avançar em relação ao Iraque.

Oriente Médio

Blair reconheceu que a situação no Iraque é "difícil e desafiadora", mas disse que apoiar o novo governo iraquiano e "sua natureza não-sectária" é de "importância vital" para evitar a vitória de extremistas.

O primeiro-ministro britânico também destacou a importância da busca de uma solução no Oriente Médio que estabeleça dois Estados, um israelense e outro palestino.

Durante a coletiva conjunta, Bush anunciou que Blair visitará o Oriente Médio dentro das próximas semanas para tentar impulsionar o processo de paz entre Israel e palestinos.

O presidente americano afirmou que apóia a missão de Blair no Oriente Médio porque é importante encorajar a idéia de dois Estados vivendo lado a lado e em paz na região.

Bush também reafirmou o compromisso de Estados Unidos e Grã-Bretanha com a busca pela paz no Iraque e disse que, apesar de a tarefa ser difícil, os dois países serão bem-sucedidos em seus esforços.

"Nós concordamos que a vitória no Iraque é importante. É importante para o povo iraquiano, é importante para a segurança de Estados Unidos e Grã-Bretanha e é importante para o mundo civilizado", disse Bush.

"Nós concordamos que um Iraque que possa governar, defender e sustentar a si próprio como um aliado na guerra contra o terrorismo é um objetivo nobre", acrescentou o presidente americano.

BBC Brasil

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