Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo deste sábado, o candidato a presidente da Câmara pelo PT e líder do partido na Câmara, Arlindo Chinaglia, se diz favorável à equiparação dos salários dos parlamentares aos dos ministros do Supremo Tribunal Federal, antiga reivindicação de deputados.
O aumento de 90,7%, elevaria a remuneração parlamentar de R$ 12.847 para R$ 24.500. Por ano, a despesa extra para a Câmara seria de pelo menos R$ 89,6 milhões. O deputado nega que o PT repita o erro de dividir a base do governo, como ocorreu em 2005, quando Severino Cavalcanti (PP-PE) venceu.
Apesar de admitir que a imagem da Câmara é ruim e que "quem erra tem que pagar duramente", Chinaglia nega a existência do mensalão: "Não. Houve caixa dois", afirmou o deputado. Ele reconhece que alguns deputados deveriam ter sido cassados. Mas não revela quais.