Agentes das penitenciárias 1 e 3 de Presidente Venceslau (620 km a oeste de São Paulo) paralisaram suas atividades em protesto pela morte de Tacyan Menezes de Lucena, 29, agente que trabalhava no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Franco da Rocha, morto no sábado (9) durante uma rebelião.
Lucena foi atingido na cabeça por presos que estavam armados. Outro funcionário da unidade também foi ferido na perna e em um dos braços.
De acordo com nota enviada pelo Sifuspesp (Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo), os agentes mantém somente os serviços de alimentação e entrega de medicamentos considerados básicos nas unidades.
O banho de sol, a entrega de correspondências e o atendimento de advogados foram suspensos, segundo o sindicato.
Os agentes afirmaram que já no domingo (10), na penitenciária 1 que funciona sob regime fechado- os presos não receberam visitas de familiares.
Juntas as penitenciárias 1 e 2 de Presidente Venceslau têm 250 agentes penitenciários, de acordo com o Sifuspesp.
Segundo o sindicato, os presos das unidades foram informados sobre a paralisação dos serviços. Os agentes planejam continuar com a paralisação até amanhã, no entanto, o sindicato afirma que a decisão ainda não é definitiva.
Na nota o sindicato afirma que "o movimento demonstra solidariedade e indignação dos servidores penitenciários, que protestam pacificamente contra a falta de segurança que tomou conta do sistema".
A SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) deve se pronunciar ainda hoje sobre a paralisação dos agentes.
Folha Online