Brasil

Anac: situação do tráfego aéreo só melhora em março

Na entrada do ano, entram os controladores (de vôo) formados em novembro. Estamos em uma situação boa e podemos com certeza, a partir de fevereiro e março, esta

O presidente da Agência Nacional de Aviação (Anac), Milton Zuanazzi, afirmou hoje, no Rio de Janeiro, que o tráfego aéreo brasileiro só poderá viver uma situação de normalidade a partir de março do ano que vem, quando os controladores de vôo formados neste ano já estarão trabalhando.

"Na entrada do ano, entram os controladores (de vôo) formados em novembro. Estamos em uma situação boa e podemos com certeza, a partir de fevereiro e março, estar em uma situação ideal", disse o presidente da Anac, na Federação de Comércio do Rio de Janeiro.

Segundo ele, a Anac já tomou todas as medidas necessárias para tentar normalizar a situação de atrasos e cancelamentos de vôos no País. No entanto, ele admite que problemas inesperados podem ocorrer para agravar o quadro do tráfego aéreo brasileiro.

"Os resultados estão aparecendo, mas, às vezes, ocorrem cosias como as da semana passada, que não têm explicação", disse ele referindo-se à pane no Cindacta 1, em Brasília. "A conjugação desses problemas causa a idéia de que as coisas estão sob descontrole", afirmou.

Zuanazzi acredita que o setor de turismo já perdeu "o que tinha que perder" e que o segmento tem que se preparar para a entrada da alta temporada, no verão. Zuanazzi destacou ainda que a restrição para vôos fretados em horários de pico, nos principais aeroportos do País, já está em vigor "de segunda-feira à sexta-feira, de manhã cedo, e no fim da tarde e início da noite".

"Reza" 

Zuanazzi afirmou ainda que, embora todas as medidas tenham sido tomadas para se evitar novos transtornos, é preciso "rezar" para que não ocorram mais problemas. "Se tudo der certo, evidentemente a gente sempre reza…, mas, do ponto de vista técnico, as medidas foram tomadas para que os usuários tenham um fim de ano muito tranquilo", disse.

Ele minimizou, no entanto, uma declaração feita na segunda-feira pelo ministro da Defesa, Waldir Pires, segundo o qual seria necessário "fé" para que tudo corresse normalmente no setor neste fim de ano.

"Foi uma forma de o ministro dizer que nós tomamos todas as medidas e que o resultado nem sempre é o que se espera. Às vezes, acontecem coisas como na semana passada. Uma pane em um equipamento que nunca ocorreu… Foi uma expressão, a gente tem que rezar para não acontecer esses problemas", afirmou Zuanazzi.

Redação Terra

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