"Parecemos estar totalmente focados nos militares aqui. (Os militares) são uma enorme contribuição, mas há outras coisas que são importantes", disse Chiarelli, que está deixando o cargo, a jornalistas em Bagdá.
Logo em seguida, ele e outros generais participaram de uma teleconferência com o presidente norte-americano, George W. Bush, para discutir mudanças estratégicas.
Chiarelli defendeu que serviços como coleta de lixo, eletricidade e água potável, além da conciliação política, são tão importantes quanto a presença de tropas norte-americanas para combater insurgentes e a violência sectária. Para o general, o Iraque representa "o conflito mais importante em que nós nos envolvemos nos últimos 50 anos".
"Todos querem que mudemos e deixemos as coisas bem. Mas é preciso sair por aí dando uma razão para que as pessoas não cedam a milícias ou à Al Qaeda no Iraque", disse Chiarelli.
Na opinião dele, o envio de forças adicionais não é uma resposta "para todos os problemas que existem aqui", mas ele afirmou que os militares dos EUA deveriam permanecer no Iraque até que as forças locais tenham condições de controlar a situação.
Uma comissão bipartidária recentemente sugeriu ao governo Bush que retire quase todas as brigadas de combate até o começo de 2008, e críticos pressionam Bush a acelerar esse processo, mas Chiarelli disse que a retirada de "uma luta extremamente difícil" não pode ser rápida.
"Não importa o que digamos em casa, vai demorar."
Fonte: REUTERS