O advogado José Roberto Leal afirmou nesta quarta-feira que os três petistas ouvidos hoje pela Polícia Federal de Mato Grosso, em São Paulo, negaram envolvimento do diretório paulista do PT na tentativa de compra pelo partido de um dossiê contra políticos tucanos.
Leal disse que a PF já tomou os depoimentos do presidente do PT-SP, Paulo Frateschi, e dos tesoureiros do partido no Estado e da campanha do senador Aloizio Mercadante ao governo de São Paulo, Antonio dos Santos e José Giácomo Baccarin, respectivamente.
Segundo o advogado, os três somente foram chamados para prestar esclarecimentos sobre a campanha do partido ao governo de São Paulo. "Eles desconheciam completamente qualquer situação relativa a dinheiro [para comprar o dossiê]."
Leal ainda negou que tenha havido caixa dois na campanha do PT no Estado.
Para Frateschi, houve uma "armação" contra o PT no escândalo. "Tudo indica que as investigações já comprovaram que [o dossiê] não tem nenhuma ligação com o diretório estadual", afirmou.
O petista também negou o envolvimento do presidente licenciado do PT, deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), no caso, e afirmou desconhecer a origem do dinheiro apreendido no hotel Ibis, em São Paulo. "Tenho esperança de que ele volte logo a dirigir o diretório nacional do PT."
Frateschi ainda rejeitou a idéia de que houve caixa dois na campanha de Mercadante ao governo de São Paulo. "Esta campanha foi diuturnamente acompanhada pela imprensa."
Folha Online