Até o momento, as Assembléias Legislativas de 19 Estados já confirmaram que vão aplicar o reajuste salarial de 91% para seus parlamentares, a fim de acompanhar o percentual de aumento aprovado na quinta-feira pelo Congresso, que elevou os vencimentos de deputados federais e senadores para R$ 24,5 mil – mesmo salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), denifido na Constituição como teto do funcionalismo público.
Os Estados do AC, AM, AP, BA, CE, DF, GO, MA, MG, MS, PE, PI, PR, RJ, RS, SC, SP, SE e TO vão elevar os vencimentos para até R$ 18,3 mil (ou 75% do salário dos deputados federais, como prevê a Constituição), confirmando o "efeito cascata" previsto por juristas e contestado ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Não vai ter efeito cascata, porque não vamos abrir mão da nossa responsabilidade de manter uma política fiscal condizente com o desejo que temos de crescimento. Eu não vou, em hipótese alguma, jogar fora o que construí nesses quatro anos com muito sacrifício: a estabilidade que me permite, agora, pensar em fazer crescer a economia", disse o presidente.
Além dos Estados que já confirmaram os reajustes, outras unidades da Federação, de um total de 27, deverão seguir o mesmo caminho nos próximos dias, quando o reajuste aprovado no Congresso será publicado no Diário Oficial.
Na quinta-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, adiantou que o governo federal não vai liberar recursos para bancar o aumento de quase 100% dos congressistas. Na maioria dos Estados, as Assembléias ainda não definiram de onde sairá dinheiro para custear os reajustes.
Vereadores O "efeito-cascata" também deverá chegar aos salários dos vereadores, cujos ganhos são de até 75% dos vencimentos dos deputados estaduais das suas unidades da Federação. Com isso, os vereadores de cidades com população superior a 500 mil habitantes deverão subir para R$ 13,7 mil.
Redação Terra