O diagnóstico da Operação Resgate foi apresentado nesta segunda-feira, 18, no auditório da Procuradoria Geral de Justiça para a imprensa, empresários, religiosos e representantes de órgãos públicos. O diagnóstico mostrou que apenas 16 crianças, das 323 retiradas das ruas pela Operação freqüentavam a escola.
Durante a apresentação, realizada por alunas do curso de Psicologia do Unipê, foi mostrado um slide com desenhos das crianças que mostraram a realidade de miséria que elas vivem. Muitas não sabiam desenhar algo que representasse uma família, outras apresentavam desenhos com características agressivas.
A procuradora geral de Justiça, Janete Ismael, disse logo após apresentação que o resultado do diagnóstico é chocante. “Pior que chocante. Esta é nossa realidade”, disse a procuradora que convocou os presentes a abraçar esta campanha do Ministério Público. “Vamos nos unir”.
Depois de concluído o diagnostico o MP procura parceiros para ajudar a solucionar os problemas das crianças. O governador Cássio Cunha Lima e a primeira Dama do Estado Silvia Cunha Lima, já foram procurados e ambos se comprometeram a abraçar a causa.
Segundo a promotora da Infância, Soraya Escorel, uma parceira com Cendac já esta em fase de estudos na qual seria oferecidos cursos de Corte e Costura, Manicure, Cabeleireira entre outros.
O governador Cássio Cunha Lima, se comprometeu com o procuradora Janete Ismael, em ceder uma área para a criação de um centro para receber as crianças onde neste local haveria espaços para cursos, prática de esportes, oficinas de reciclagem entre outras atividades sócio-educativas para reintegrar as crianças a sociedade.
Uma ação concreta já está em andamento após a conclusão do diagnóstico, uma confraternização para as famílias das crianças retiradas das ruas durante a Operação. Segundo Janete Ismael, o objetivo desta confraternização é, além de oferece um Natal para as famílias, mudar a impressão que os pais destas crianças têm sobre o Ministério Público.
Marcos Wéric
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