Brasil

Menina de 3 anos entra em coma após extrair dente

Uma menina de 3 anos teve uma convulsão e parada respiratória depois de extrair um dente na última sexta-feira (15), em uma clínica em São Bernardo do Campo, na

Segundo a clínica, ela foi anestesiada com lidostesin (cloridrato de lidocaína com norepinefrina), produto com venda proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em todo país desde 27 de novembro. De acordo com os médicos, seu estado de saúde é grave e ela corre risco de morte.

A criança deu entrada no hospital, de acordo com nota divulgada pela equipe, "com espasmos convulsivos em parada respiratória. Ela se encontra em ventilação mecânica e medicada com drogas para manter a freqüência cardíaca". A advogada da clínica, Karina Krauthamer, disse que o anestésico era usado porque não havia ocorrido notificação da proibição.

A família da garota acusa a clínica de negligência. A polícia e a vigilância sanitária do município investigam o caso. O 1º distrito policial da cidade registrou a ocorrência como lesão corporal culposa. A mãe da criança, a dona-de-casa Amanda da Silva, de 31 anos, conta que era a segunda ida à clínica e a filha tinha muito medo.

"Foram usados um gás anestésico (óxido nitroso) e a anestesia local. O dente estava inflamado. Logo que foi extraído, a menina começou a tremer e a entrar em convulsão. Gritei por socorro e a dentista falou que não era motivo para desespero. Os médicos disseram que minha filha teve lesão no cérebro e que só um milagre pode salvá-la", relata a mãe.

Ela conta ainda que pensou em desistir de levar a filha para tratamento por causa do seu pavor de ir ao dentista. "Toda vez que a gente saía de casa ela falava: mãe, a gente não vai para o dentista não né?", afirma Amanda, mãe de outras duas meninas, de 2 e 13 anos.

A vigilância fechou o consultório onde a criança foi atendida para investigação. Assessores da clínica afirmam que a menina chegou em três minutos ao PS, com todos os sinais vitais normais. No entanto, o socorro no hospital teria sido lento, alega a clínica, o que teria causado a parada cardiorespiratória.

Para a clínica, houve negligência médica do hospital. Procurados pela reportagem do G1, nenhum dos representantes do Pronto Socorro Central de São Bernardo do Campo foram localizados. 

Globo.com

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