Presa em flagrante nesta segunda-feira por tentativa de homicídio em Salvador (BA), após esfaquear o deputado federal Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL), a pensionista do INSS Rita de Cássia Sampaio de Souza, 45 anos, afirmou que "está revoltada" com a classe política. Ela reiterou que esteve duas vezes no escritório do parlamentar e teria recebido dele a promessa de ajuda para sacar o dinheiro do seu FGTS. A promessa não foi cumprida, disse ela.
"Estou muito revoltada com a classe política. Eles têm tudo, altos salários, mordomias, e eu nem sequer consigo sacar o meu FGTS (…). O deputado não fez nada para liberar o meu dinheiro, mas apóia o aumento para os parlamentares, esta vergonha em um país de tantas vergonhas", afirmou ao jornal Folha de S.Paulo, referindo-se ao reajuste de 91% aprovado pelos deputados e senadores no Congresso.
Ela foi recolhida ao Presídio Feminino de Salvador e, durante o depoimento, apresentou "desequilíbrio emocional", na avaliação do delegado Wilson Gomes. Avô de ACM Neto, o senador Antonio Carlos Magalhães afastou a possibilidade de motivação política no caso, que para ele não passou de um gesto de alguém com "desequilíbrio mental visível".
Por conta do ferimento nas costas, que foi superficial e não atingiu qualquer órgão, ACM Neto levou apenas três pontos e vai ter alta hoje, quando já estará apto a retomar suas atividades no Congresso. Ele foi golpeado quando deixava seu escritório, na capital baiana, e já estava sentado em seu carro.
Redação Terra