Tradicionalmente, o Palácio do Planalto seleciona e beneficia ao liberar emendas os congressistas que votam de acordo com os interesses do governo. Essa prática, executada ao longo do primeiro mandato do presidente Lula, já ocorria durante a gestão de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), que também dava preferência aos partidos aliados.
Em 2000, por exemplo, o governo tucano privilegiou congressistas dos partidos que formavam sua base PSDB, PFL, PMDB, PPB e PTB. Todos eles tiveram mais de 60% do valor de emendas liberado, percentual similar ao do PT em 2006.
À época, a gestão FHC destinou ao PT, então principal sigla de oposição, 32% do total de emendas pleiteadas.
Em 2001, a oposição acusou o governo de negociar a liberação de emendas para evitar a abertura de uma CPI da corrupção no Senado. O Planalto negou. O mesmo ocorreu em 1997 e 1998, sempre às vésperas de votações importantes.
Folha de S. Paulo