Esporte

Felipão vê possibilidade de treinar Brasil em 2014

Campeão mundial em 2002, o técnico Luiz Felipe Scolari afirmou que vê a possibilidade de treinar a Seleção Brasileira, em 2014, quando o País tem a possibilidad

Campeão mundial em 2002, o técnico Luiz Felipe Scolari afirmou que vê a possibilidade de treinar a Seleção Brasileira, em 2014, quando o País tem a possibilidade de receber a Copa do Mundo. No entanto, o técnico de Portugal afirmou que prefere neste momento não pensar a longo prazo.
De acordo com Felipão, será interessante para qualquer treinador comandar a seleção da sede da competição e relembrou o fato de ter ajudado Portugal na conquista do vice-campeonato europeu, em 2002, em casa.

O técnico brasileiro também relembrou que foi procurado por Ricardo Teixeira, presidente da CBF, para voltar ao comando da Seleção, mas conversou com os familiares e decidiu permanecer na Europa.

Veja entrevista de Felipão

Em 2014, a Copa deve ser aqui. É um sonho para você?
Quem não gostaria de trabalhar na Seleção em um Mundial no Brasil? Vivi isso na Eurocopa em Portugal. Vi as dificuldades na construção dos estádios, de hotéis, campos de treinamentos… No Brasil, para 2014, e queira Deus que a Copa seja aqui, quem estiver no comando da Seleção vai ter esse envolvimento e viverá uma situação parecida. Todo técnico, de qualquer lugar do mundo, gostaria de dirigir a Seleção nesse momento. Não sei se serei eu, pois não tenho projetos a longo prazo, mas vamos ver…

O que você acha que falta para o Brasil organizar a Copa?
Primeiramente, temos que atender as solicitações previstas pela Fifa. Estádios, acessos, hotéis, aeroportos, segurança, uma série de detalhes que o Brasil tem condições de atender, mas desde que todos se envolvam de uma forma muito forte.

Após a Copa de 2006, surgiu um boato de que Ricardo Teixeira o havia procurado para trazê-lo de volta…
O presidente (Ricardo Teixeira) me ligou para ver a possibilidade de eu voltar para a Seleção. Eu disse para marcarmos um encontro na Europa, na volta da Copa. Conversei com minha família, pois tenho um filho que está se formando agora, além da minha mulher e meu outro filho. E eles não aceitaram a idéia de voltar naquele momento. Para minha mulher, e concordei com ela, ficar mais dois anos com os filhos seria importante. Depois dessa conversa, falei com Ricardo que viesse direto para o Brasil, porque eu não teria condições de voltar. E eles acertaram com Dunga.

Por falar em Dunga, ele barrou Ronaldinho. Como administrar essa diferença nas atuações em clube e Seleção?
Discordo que Ronaldinho não jogue bem na Seleção. Em 2002, ele foi fundamental, embora o jogador mais importante tenha sido Rivaldo. O que acontece é que na Copa de 2006 o Ronaldinho apresentou sinais de que, após quatro anos como melhor, é difícil manter o nível. Essa queda de rendimento era esperada, mas aconteceu na Copa. Só que ele já está fazendo estripulias de novo no Barcelona. Eu sei que querem ver o Ronaldinho jogar pelo Brasil como joga pelo Barcelona. Mas o povo tem que entender que não tem como. O técnico da Seleção tem que passar mensagens como: Ronaldinho pode não jogar assim, mas, jogando de uma forma que seja importante para nós, eu estarei satisfeito. Como fiz em 2001, ao falar que Rivaldo jogaria dez jogos seguidos bem ou mal. Eu tinha confiança nele e isso muda a atitude do jogador e lhe dá confiança. Ronaldinho é o melhor, tem que jogar.

O que é mais difícil: administrar egos ou motivar um grupo que já conquistou quase tudo?
Administrar egos é difícil sim, mas se nós mostramos o que queremos, não fica difícil colocar o barco na direção correta. Trabalhar com craques é muito melhor e mais fácil do que com pernas-de-pau. Porque você só precisa deixá-los focados no lado positivo e no trabalho em equipe, deixando que eles trabalhem suas individualidades para o grupo.

Em 2002, você praticamente recuperou Ronaldo… O que falta para ele voltar a ser aquele jogador?
Antes da convocação, Héctor Cúper, então técnico da Inter, me disse que Ronaldo com 60% de condições era melhor que muitos. Disse-me que estivesse com 60% ou 70% eu deveria levá-lo, pois decidiria. E Ronaldo também entendeu que era a chance de mostrar seu potencial e o momento de dar sua contribuição à Seleção. O Rosan (fisioterapeuta) fez um trabalho maravilhoso de recuperação, assim como Runco (médico). Mas acima de tudo, Ronaldo queria. Ele foi o fator primordial da recuperação.

O que foi mais emocionante: a chegada no Brasil, em 2002, ou a Eurocopa de 2004, em Portugal?
Emocionei-me nos dois. O grande momento no Brasil foi em Brasília. Imaginávamos 20 ou 50 mil torcedores, mas acho que tinha mais de 500 mil. Teve aquele momento maravilhoso com Ivete Sangalo, em um trio elétrico. Aquilo marcou, porque Brasília nos parecia uma cidade fria. Já os grandes momentos de Portugal aconteceram na Eurocopa, quando o povo teve atitudes diferentes do normal. Com paixão, com felicidade, sem se preocupar em conter o riso…usando as cores da bandeira.

E o coração gremista vendo o Inter campeão mundial?
Não teve coração gremista. Eu via o Internacional, Abel e Paulo Paixão, campeões do mundo. É claro que continuo gremista, mas torci, vibrei, participei junto com minha esposa, que é colorada, enquanto meus dois filhos torciam para o Barcelona. Gostei porque é mais um time brasileiro campeão mundial, porque valorizou o técnico brasileiro e porque mostrou que eles ligam para o Mundial. Se olharmos a imagem dos derrotados e o choro das pessoas, vão ver que isso é história para boi dormir. Até para o Grêmio foi bom, porque, agora, ele terá que melhorar para fazer mais que o Inter.

Em um evento recente, Luxemburgo teceu elogios a você. Dunga o citara como exemplo. Como você recebe esses elogios?
É claro que fico contente quando as pessoas tecem elogios à minha forma de trabalhar, à forma de ser. Em Fortaleza, Vanderlei, para a minha surpresa, me apresentou como "O Melhor". Acho que ele deveria sair novamente do Brasil para uma boa equipe da Europa e colocar em prática tudo o que tem feito aqui. Já com Dunga trabalhei no Japão e conheceu minha forma de conduzir.

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