Exclusivo – Além da cassação do mandato de prefeito, a isenção de pagamento de tributos municipais rendeu ao ex-prefeito e hoje primeiro suplente de deputado do PMDB, Expedito Pereira, mais uma condenação judicial.
Atendendo à ação criminal movida pelo Ministério Pública Federal, o juiz José Edvaldo Albuquerque de Lima, juiz da 61 Zona Eleitoral, em Bayeux, condenou o ex-prefeito por abuso do poder econômico ao determinar a isenção de IPTU em troca de vantagens eleitorais na campanha de 2000.
A condenação, assinada no dia 19 de dezembro, atinge ainda o vereador Agenor José Silva e Dante Grisi, diretor comissionado da Divisão Tributária de Bayeux. O juiz impôs para o ex-prefeito prestação de serviços à comunidade e ainda determinou que os direitos políticos de Expedito fossem cassadas quando o processo for transitado em julgado.
`A prática delituosa era cometida com participação efetiva de todos os denunciados ora oferecendo ou mandato oferecer as vantagens, ora colocando o carimbo de isenção ou desconto tributário, todos atuando conjuntamente´, destaca o juiz.
O processo correu em paralelo à ação de cassação de Expedito. Se quiser, o ex-prefeito pode recorrer da sentença junto ao Tribunal Regional Eleitora, que há cinco anos, cassou Expedito pelo mesmo motivo. Com mais de vinte mil votos, o ex-prefeito garantiu a primeira suplência do PMDB na Assembléia Legislativa. Ele teve o nome lembrado para ser indicado pelo senador José Maranhão, a quem é ligado politicamente, para cargo federal no segundo governo Lula.