O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), recebeu em sua residência oficial nesta terça-feira (2) parlamentares que apóiam sua permanência no cargo. Após quase três horas de conversa, a avaliação é de que Aldo irá até o fim na disputa e que a campanha já começa nessa semana. Deputados presentes disseram que custearão de seus próprios bolsos despesas com o envio de cartas a parlamanteres e telefonemas.
Segundo líder do PSP, Renato Casagrande, a estratégia é falar com todo mundo, tanto os deputados eleitos quanto os que deixarão os cargos e até governadores. Casagrande disse que a carta que será enviada aos parlamentares trará argumentos que mostram que Aldo é o único candidato capaz de um concenso interno dentro da Casa. "Além disso, mostraremos que Aldo defende e fortalece a instituição e que é o único que respeita a democracia interna e ouve todos os partidos. Ele tem a candiatura mais ampla", disse.
A base que apóia Aldo disse que a campanha já nasce com o apoio de cerca de 200 deputados. PSB, PCdoB e PP já declararam seu voto para o atual presidente. Os maiores problemas são os parlamentares do PMDB e do PSDB, que ainda não declararam apoio formal a nenhum candidato. Casagrande disse que Aldo conta, inclusive, com alguns membros do próprio PT. O presidente da Câmara também tem conversado com o chamado baixo clero e deve angariar o voto de partidos menores, como o Psol.
Além de Casagrande, o vice-líde do governo, Beto Albuquerque (PB-RS), o líder do PFL, Rodrigo Maia (RJ), Ciro Nogueira (PP-PI), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Damião Feliciano (PL-PB) participaram do almoço. O encontro dos apoiadores de Aldo acontece no mesmo dia em que o candidato do PT, Arlindo Chinaglia, disse não estar disposto a abrir mão de sua candidatura.
Em outro almoço, que marcou sua volta para a presidência do partido, Ricardo Berzoini disse que o PT também está já está atuando na campanha de Chinaglia.
Redação Terra