Por conta do horário da viagem, a expectativa é que a reunião entre Corrêa e integrantes da SSP (Secretaria de Segurança Pública) do Rio ocorra somente na quarta (3). Inicialmente, havia a previsão do encontro ser realizado ainda hoje.
No encontro, o secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, deve reivindicar a presença da Força Nacional de Segurança no Estado na tentativa de conter novas ondas de violência como a que atingiu a região metropolitana desde a última quinta-feira (28). As ações deixaram dez civis e dois policiais militares mortos, além de suspeitos.
Ontem, durante a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), defendeu o envio imediato da Força Nacional de Segurança para o Estado. "Defendo que a Força vá imediatamente para o Rio como resposta para esses covardes e como garantia de tranqüilidade à população de nosso Estado e a nossos visitantes", disse.
Também ontem, o presidente Lula se solidarizou com Cabral e chamou as ações realizadas no Rio atribuídas aos presos que não concordam com o sistema prisional de "terrorismo".
Lula afirmou que "a barbaridade [que ocorreu no Estado] não pode ser tratada como crime comum". "É terrorismo e tem que ser tratado com a mão forte do Estado brasileiro. Eu não creio que tenha, no Brasil, nenhuma alma que possa compactuar com a barbaridade que foi feita por alguns facínoras."
Segundo Lula, o que aconteceu no Rio é "resultado degradação da sociedade causada pela crise de juízo de valores".
Ataques
Na primeira noite de violência, além dos ataques a tiros contra forças policiais, ônibus foram incendiados. Um deles, da viação Itapemirim, foi interceptado na via que liga a avenida Brasil à rodovia Washington Luís.
Os criminosos roubaram objetos dos passageiros e atearam fogo no veículo, que fazia a linha Cachoeiro de Itapemirim (ES) – São Paulo. Sete dos 28 passageiros morreram na hora, carbonizados. Uma oitava vítima morreu domingo, no hospital.
Folha Online