Sob a acusação de que todos os setores da maternidade Cândida Vargas estariam funcionando precariamente, os funcionários demitidos pela Secretaria de Saúde de João Pessoa realizaram na manhã de hoje, 03, um protesto em frente ao seu antigo local de trabalho. Entre as vítimas do corte, está a enfermeira Maria José Vicente, que após dar a luz, no último dia 31, na própria maternidade em que trabalhava, foi surpreendida com a sua demissão, mesmo estando supostamente amparada pela licença maternidade.
Segundo a também enfermeira, Elisângela Soares, que presta serviço há mais de 5 anos, a demissão de colegas ainda gozando da licença maternidade é muito mais comum que se imagina. “Só hoje ficamos sabendo de duas colegas na mesma situação, isto é um absurdo”, falou indignada.
Com cartazes em que exigem os seus empregos de volta, os manifestantes afirmam que mais de 160 funcionários foram demitidos sem aviso prévio. “Esta é um exigência do contrato e ninguém foi avisado previamente. Eles quebraram uma cláusula do contrato”, Reclamou Luiza da silva, prestadora de serviços gerais na copa da maternidade há mais de 23 anos.
A notícia das demissões foi dada em primeira mão pelo portal ClickPB, que segundo números revelados por fonte ligada a Secretaria de Saúde do município, as demissões podem ultrapassar os 2 mil.
O levantamento da folha, com o objetivo de embasar as demissões, vem sendo feito desde o primeiro semestre de 2006 e conta com consultor de Brasília. Fontes garantem que na prática a idéia é aliviar a máquina para realização de concurso público.
A previsão é de que o edital seja concluído no primeiro semestre do próximo ano com a expectativa de contratação em diversos setores. Na proposta que o prefeito Ricardo Coutinho (PSB) enviou à Câmara Municipal a receita para pessoal só registrou acréscimo de 2% em relação ao Orçamento de 2002.
Janildo Silva
ClickPB