A Força Nacional de Segurança Pública começa a operar no Rio de Janeiro na semana que vem, disse nesta segunda-feira o secretário de Segurança Pública do Estado, José Mariano Beltrame. Ele afirmou que, inicialmente, devem ser enviados ao Rio, no mínimo, 600 homens para patrulhar as fronteiras do Estado.
A presença de homens da força no Estado estava prevista para o período dos Jogos Pan-Americanos, de 13 a 29 de julho. Mas depois da onda de violência deflagrada por facções criminosas no Rio no final de dezembro, cujos ataques a alvos policiais e civis deixaram 19 mortos, o governador Sérgio Cabral (PMDB) pediu a antecipação de sua presença.
Beltrame afirmou que a força vai se concentrar no sul do Rio. Os militares atuarão em 19 pontos das divisas do Estado. "Essas áreas foram escolhidas pela Polícias Rodoviária, Civil, Militar e Federal e a Secretária de Segurança. A parte mais crítica é o sul, a entrada por São Paulo e alguns pontos no norte", declarou o secretário. De acordo com ele, no sul do Estado há maior circulação de armas, drogas e traficantes.
"O trânsito de drogas proscritas vem da região fronteiriça do Brasil com o Paraguai e essas vias que cortam o sul do Estado é que trazem ao Rio de Janeiro", disse Beltrame.
Além disso, o secretário anunciou que o governo está mobilizando um novo comando policial para patrulhar as vias expressas da cidade do Rio de Janeiro. O efetivo para esta ação deve atingir aproximadamente 250 policiais.
A Secretária de Segurança Pública vai destacar novas patrulhas e motocicletas para transitar frequentemente em vias expressas, como Linha Vermelha, Linha Amarela e Avenida Brasil. A operação se estenderá ao Aterro do Flamengo e ao centro da cidade.
"Um novo comando, um grupamento que vai ser colocado com a finalidade específica de transitar e atender, fazendo o trabalho de repressão e prevenção nessas áreas consideras mais críticas da cidade", disse Beltrame.
Essas vias expressas têm sido palco constante de ação de traficantes de drogas e assaltos a turistas. A nova operação deve começar ainda nesta semana, segundo o secretário.
Reuters