A polícia chinesa matou 18 pessoas suspeitas de terrorismo e prendeu outras 17 em uma operação na região de Xinjiang (noroeste do país), onde haveria a atuação de grupos separatistas e extremistas islâmicos, informou hoje a agência oficial Xinhua.
Segundo a agência estatal, um policial morreu e outro ficou ferido na operação para desmantelar a base do Movimento Islâmico Turquistão Oriental, organização que, segundo Pequim, está vinculada à Al Qaeda e foi qualificada como grupo terrorista pela ONU em 2002.
A polícia informou ter apreendido 22 granadas de mão e material para fabricar outras 1.500, segundo as informações da agência Xinhua. A operação aconteceu nas montanhas Pamir, no sul de Xinjiang e nas proximidades da fronteira com o Afeganistão e o Tadjiquistão, afirmou Ba Yan, porta-voz do Departamento de Segurança Pública de Xinjiang.
É a primeira vez em vários anos que a China informa sobre operações antiterroristas em Xinjiang, região habitada por minorias de religião islâmica, como uigures, cazaques e uzbeques.
Nas informações oficiais, consta que o grupo foi responsável por vários atos violentos nos últimos anos, entre eles assassinatos e roubos em Urumqi, capital de Xinjiang, e Hotan, outra cidade da região.
Pequim afirma que ao menos mil membros do Movimento Islâmico Turquistão Oriental foram treinados pela Al Qaeda, organização liderada por Osama bin Laden, de quem inclusive chegou-se a dizer há alguns anos que tinha se refugiado em Xinjiang. Pequim negou categoricamente estes rumores.
Folha Online