O presidente americano, George W. Bush, anuncia nesta quarta-feira sua nova estratégia para os Estados Unidos lidarem com o conflito no Iraque. No novo plano, os EUA impõe metas ao governo iraquiano liderado pelo premiê Nouri al Maliki e prevê mudanças na ação americana no país.
Entre as propostas, estão o envio de 20 mil soldados extras ao país [que deve enfrentar a resistência do Congresso, hoje liderado pelos democratas], maior participação dos sunitas no cenário político iraquiano e a transferência do controle da segurança das 18 Províncias para as forças iraquianas atualmente o Iraque controla apenas três.
Na opinião de Peter Harling, especialista em Oriente Médio do International Crisis Group [ONG especializada em conflitos internacionais], que concedeu entrevista à Folha Online, por e-mail, de Damasco, a nova estratégia é uma maneira de "colocar a culpa pela violência no governo iraquiano", e uma última tentativa de Bush de salvar "qualquer coisa que ainda possa ser salva no Iraque".
Segundo ele, o novo plano conseqüência da derrota republicana nas urnas "fará pouco" para resolver os problemas que os EUA "criaram para si mesmos ao invadirem o Iraque".
Para o especialista, os EUA não obterão sucesso no Iraque enquanto não levarem em conta os múltiplos fatores envolvidos no conflito.
Folha Online