O presidente da Câmara de Sousa, Aldeone Abrantes, fez um desabafo na imprensa sousense, na manhã desta terça-feira, dia 9, e disse temer pela sua vida, pois está sendo veementemente perseguido pelo prefeito Salomão Gadelha (PMDB), com quem rompeu em outubro passado, no segundo turno das eleições para o Governo do Estado.
“Porque quando eles disserem assim, a gente vai perseguir ao extremo e não vamos conseguir o que a gente quer, então vamos mandar matar, dá fim a vida dele, eu tenho medo, eu tenho medo e muito medo que isso venha acontecer a mim, porque esse pessoal é capaz de tudo, eles são capazes de tudo. Eles vão querer chegar a esse ponto de fazer atentado contra a minha vida”, confessou Aldeone – num relato dramático ao radialista George Wagner da Rádio Progresso AM – se referindo a Salomão Gadelha e aliados.
O vereador narrou o clima de terrror que têm vivido em Sousa desde que decidiu se afastar definitivamente da base de sustentação ao prefeito. “Eu tenho medo, de estar numa esquina alguém dá um tiro em mim, ou me esperar na porta da minha casa, juro a você que na campanha prometeram quebrar o vidro do meu carro de fazer isso fazer aquilo, eu tenho medo de correr risco de vida”, revelou Abrantes, que está a frente da presidêncida da Câmara desde 2005 e foi reconduzido para dirigir o Legislativo até 2008.
Retaliação inclui o Sousa Esporte Clube
Segundo o vereador, as perseguições também vêm sendo dirigidas ao Sousa Esporte Clube, agremiação a qual preside. O time pode disputar partidas do Campeonato Paraibano de dois mil e sete no estádio de Cajazeiras, porque a prefeitura não pagou as contas de energia do Estádio Municipal Antônio Mariz.
O campo de Sousa está às escuras e sem as condições necessárias para a prática dos jogos. A Federação Paraibana de Futebol já sinalizou que se os problemas não forem sanados até o início do Campeonato, as instalações do estádio serão interditadas imediatamente.