O procurador Thiago Lemos de Andrade pediu nesta quinta-feira a prorrogação das investigações sobre o acidente com o vôo 1907 da Gol, que caiu no dia 29 de setembro no norte de Mato Grosso após se chocar com um jato executivo. As 154 pessoas que estavam a bordo 148 passageiros e seis tripulantes morreram.
O parecer do procurador é resultado de um pedido da Polícia Federal, que começou a investigar o caso seis dias depois do acidente. Ao entregar o inquérito à Justiça, a PF disse que precisava de mais tempo.
No parecer, Andrade classificou as provas colhidas até agora como insatisfatórias para que o inquérito seja concluído e uma denúncia seja ou não oferecida à Justiça contra qualquer das partes envolvidas. Se for confirmada, a prorrogação das investigações devem durar mais 30 dias.
"O inquérito policial não se encontra maduro o suficiente para lastrear uma factível mas ainda indeterminada imputação penal", afirma o documento. Mesmo assim, o procurador acredita que o acidente foi causado por falha humana. Ainda no ano passado, os pilotos Jan Paladino e Joseph Lepore foram indiciados pelo crime de expor ao perigo uma embarcação ou uma aeronave, na modalidade culposa (sem intenção de matar) agravada por morte.
O parecer também pede uma série de diligências à PF e que sejam tomados depoimentos de controladores de vôos que trabalham no Cindacta 4 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo) de Manaus, de onde o avião havia saído.
Folha Online