Política

Cássio quer constituinte para novo pacto federativo

Natal- Em reunião com os governadores do Nordeste, iniciada na manhã desta quinta-feira (11), em Natal, no Rio Grande do […]

Natal- Em reunião com os governadores do Nordeste, iniciada na manhã desta quinta-feira (11), em Natal, no Rio Grande do Norte, o governador Cássio Cunha Lima (PSDB) apresentou o discurso mais duro entre os presentes. Em entrevista, Cássio bateu forte no atual modelo federativo e defendeu uma nova assembléia constituinte capaz de modificar a relação entre os entes federativos. 

´O atual modelo é insustentável. O Brasil está se transformando num país unitário, onde os estados são meros geradores de pessoal, sem capacidade alguma de investimento´, disparou o governador, assim que chegou ao Sehrs Natal Hotel, na via costeira, a jornalistas de todo o Nordeste que cobriam o evento. ´Não temos como fugir: vamos ter quer caminhar para uma nova assembléia constituinte afim de tecer um novo modelo porque, repito, este é insustentável´, completou Cássio. 

Dos governadores nordestinos, apenas Cássio e o governador de Alagoas, Teotônio Vilela, são de partidos de oposição ao presidente Lula. Cássio apresentou o discurso mais crítico contra o governo federal. Os demais, apesar de terem reivindicações, foram mais amenos. 

Na entrevista, Cássio falou sobre a situação da Paraíba, apontando que em quatro anos o governo do Estado repassou R 1,4 bilhão para União em pagamento de dívidas, e em troca só recebeu R$ 230 milhões em transferências voluntários. `Somos um paciente anêmico na UTI doando sangue para União´, repetiu o governador. 

Ele voltou a defender a criação de fundo de desenvolvimento regional com recursos da dívidas dos estados nordestino com a União. E apoio sugestão do governador pernambucano, Eduardo Campos, de criação de Projeto Piloto de Investimentos (PPI) conjunto em favor da transposição do Rio São Francisco. 

Segundo ele, a divisão atual do bolo tributário é injusto contra os estados. Ele chegou a falar em ´colonização´ da União para com os estados. `São os pobres sustentando os ricos`, declarou. Segundo ele, historicamente, os governos federais não correspondem com o tratamento que deveriam dispor ao Nordeste. `Em relação ao Nordeste, o governo promete como sem falta e falta como sem dúvida´, declarou.

Antes de iniciarem a reunião a portas fechadas, os governadores deram entrevistas na saguão do Hotel. O encontro foi aberto, segundo programação, pela governadora do Rio Grande do Norte, Wilma Farias. Estão presentes ainda os governadores Eduardo Campos (Pernambuco), Cid Gomes (Ceará), Jackson Lago (Maranhão), Wellington Dias (Piauí) e Marcelo Déda (Sergipe). O governador Teotônio Vilela (Alagoas) e Jaques Wagner (Bahia) ainda não chegaram. 

Um grupo de jornalistas paraibanos acompanham o evento no local.

Além dos governadores, estavam previstas as presenças dos ministros Tarso Genro (Articulação Política) e Dilma Roussef (Casa Civil), que não puderem comparecer. Apenas Fernando Hadad (Educação) e Pedro Brito (Integração Nacional) participarão do encontro. A ausência dos dois principais ministros de Lula não deixaram os governadores constrangidos. `A reunião é dos governadores que querem fechar uma pauta conjunta. Os ministros foram convidados, mas o foco são as nossas reivindicações´, disse Cássio. 

Luís Tôrres
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