O presidente do Real Madrid, Ramón Calderón, criticou os jogadores do clube e seus torcedores e disse que David Beckham está indo para Hollywood para ser "meio estrela de cinema" durante uma palestra a estudantes universitários, nesta terça-feira.
Os comentários feitos no Centro Universitário Villanueva foram gravados sem o conhecimento do Real Madrid e posteriormente divulgados em rádio nacional.
"Isso é vaidade, egoísmo e todos eles pensam que são estrelas", disse Calderón aos estudantes. "Os jogadores do Real Madrid nunca pagam por nada. Vocês (estudantes) têm educação e cultura e isso é algo que em geral eles não possuem."
Calderón criticou especialmente a decisão do inglês Beckham de deixar o Real e assinar contrato de cinco anos com o clube norte-americano Los Angeles Galaxy por 250 milhões de dólares.
"Ele está indo para Hollywood para ser meio estrela de cinema", disse o dirigente.
"Nossa comissão técnica estava certa em não renovar o contrato dele e isso foi comprovado pelo fato de que nenhuma outra comissão técnica do mundo o quis a não ser o Los Angeles."
Calderón também acusou o ex-presidente do clube Florentino Perez de ter deliberadamente sabotado a intenção de contratação do meia brasileiro Kaká junto ao Milan.
"Perez não meu deu nenhum apoio", disse ele. "Ele falou com Silvio Berlusconi (presidente do Milan) para que ele pudesse renovar o contrato de Kaká e Berlusconi pressionou o jogador a assinar."
Calderón acrescentou: "Se eu continuar presidente em junho, é muito provável que Kaká seja contratado".
Nem os torcedores do Real escaparam dos ataques de Calderón, que considerou a torcida no estádio Santiago Bernabéu muito silenciosa.
"É um estádio onde as pessoas vão como se estivessem indo ao teatro. As pessoas não empurram o time, não como na Itália e Inglaterra."
O Real Madrid publicou uma nota em seu site oficial dizendo que estava surpreso e desapontado pela gravação e divulgação das declaração de Calderón.
"O presidente estava somente tentando ajudar os estudantes a entender a importância da administração em uma negócio tão grande como o Real Madrid", disse o clube.
Reuters