O paraibano Joélisson Fernandes da Silva mede 2,29 m, tem 21 anos e se tornou destaque na impensa local e nacional por ser 9 cm mais alto do que o brasileiro mais alto registrado até hoje.
Confira matéria veiculada no portal gloo.com nesta quinta-feira:
PARAIBANO DE 2,29 M VIRA CELEBRIDADE POR CAUSA DA ALTURA
Ninão saiu de trabalho por causa da altura Ele levava uma vida pacata no agreste da Paraíba, capinando na roça. Deixou o anonimato na semana passada, quando foi levado para João Pessoa e ganhou destaque nos jornais e nas TVs locais. Virou celebridade por causa da altura: aos 21 anos, Joélisson Fernandes da Silva mede 2,29 m. Seu apelido é Ninão, de "meninão".
Ninão está apenas 7 cm abaixo do homem mais alto do planeta, o chinês Xi-Shun, que esteve no Brasil no ano passado para divulgar o Guinness Book. O paraibano, porém, fica à frente de Emil Rached, de 2,20 m, ex-jogador de basquete que o site RankBrasil, dos recordes nacionais, considera o homem mais alto do país. Na seleção de basquete, os jogadores mais altos são Tiago Splitter, Anderson Varejão e Estevam. Os três medem 2,11 m.
Ninão mora em um sítio em Assunção, cidadezinha de pouco mais de 3 mil habitantes perdida no meio da Paraíba. É o segundo de quatro irmãos de uma família pobre, que tira o sustento da plantação de feijão e milho. O paraibano parou de estudar na 4ª série. "Os meninos mangavam muito de mim", justifica. Para ajudar a família, passou a trabalhar em uma mina de caulim (minério usado na fabricação de cerâmica e porcelana). "Parei de trabalhar nos buracos porque eu não agüentava", explica. Hoje, "com uma enxada grande", ajuda o pai na plantação.
A casa é pequena. Para não encostar no teto, Ninão anda torto. A família se divide em dois quartos, mas o filho alto só cabe deitado na cozinha. Para que ele não ficasse com os pés pendurados, a mãe encompridou a cama encostando um sofá.
Ninão pesa 130 kg e calça 58. Só tem uma calça e uma sandália, feitas sob medida. Ele nunca foi examinado detidamente por médico. Após ver fotos dele, a endocrinologista Ieda Verreschi, da Unifesp, chamou a atenção para a forma do rosto e explicou que é característica do gigantismo, doença rara de causa endócrina ou neuroendócrina. "Ele deve ter cuidado permanente e ir sempre ao médico", recomenda.
globo.com/Agência Estado