Com uma vitória por 6 a 5 nos pênaltis, após empate por 1 a 1 no tempo normal, o Cruzeiro bateu o São Paulo nesta quinta-feira, no Pacaembu, e conquistou pela primeira vez em sua história o título da Copa São Paulo de juniores.
Após os dois times converterem suas cinco primeiras cobranças, Bruno César perdeu a primeira para o São Paulo nas cobranças alternadas o goleiro Rafael defendeu com os pés. Paulinho marcou em seguida para dar a vitória ao time mineiro.
O título premia o time com ataque mais positivo da competição, com 26 gols marcados o São Paulo veio logo em seguida com 24 gols. O Cruzeiro, que terminou a competição invicto, teve ainda o artilheiro da competição, Guilherme, que fez dez, apesar de não ter marcado na decisão.
O primeiro gol do jogo desta quinta foi marcado pelo lateral-esquerdo Anderson. Aos 34min do primeiro tempo, ele arrancou e tocou para Carlos Magno, que devolveu de calcanhar. Anderson bateu de primeira, de fora da área, e marcou um belo gol. A bola ainda tocou na trave esquerda de Jorge Miguel antes de entrar.
O empate do São Paulo, que jogou sem seu principal jogador, o meia Sergio Mota, suspenso, veio somente na segunda etapa. Aos 4min, Flávio lançou Eric em um rápido contra-ataque e o atacante rolou, dentro da área, para Thiago, livre, bater rasteiro e fazer 1 a 1.
Apesar de pressionar após o gol de empate, apoiado pela torcida que foi ao Pacaembu, o São Paulo, que buscava o tricampeonato venceu em 1993 e 2000 não conseguiu virar a partida.
Clubes estruturados
Hoje, a ordem nos clubes é revelar jogadores e protegê-los com contratos longos. São Paulo e Cruzeiro, dois dos mais estruturados times do país, usam essa filosofia no time de juniores.
Todos os nossos jogadores são profissionais e alguns já estão no segundo contrato, afirma Francesco Júnior, que cuida do time júnior tricolor.
Sérgio Mota, destaque da Copinha, tem contrato com o São Paulo até agosto de 2008. No Cruzeiro, o atacante Guilherme tem vínculo até novembro de 2009.
Levantamento feito pela reportagem da Folha com os elencos dos finalistas aponta que só um atleta do São Paulo e quatro jogadores do Cruzeiro poderiam ser aproveitados por outros clubes neste ano por término de contrato pelo BID da CBF.
O Flamengo, único grande clube brasileiro que não jogou a edição deste ano da Copinha (88 times entraram na disputa), teria ficado com receio especial de perder atletas para empresários.
No ano passado, Ilsinho, uma das maiores revelações palmeirenses, foi para o São Paulo após o encerramento de seu contrato. Alexandre Pato só foi escalado no time principal do Internacional depois que fez longo vínculo com seu clube. O Corinthians teme perder agora o lateral-direito Fagner, da seleção sub-20 seu contrato atual acaba no final do mês.
Folha Online