O Exército dos Estados Unidos apresentou quarta-feira (24) uma nova arma que dispara raios que fazem com que o alvo tenha uma sensação de queimação intensa, como se estivesse com o corpo em chamas.
Chamada "active denial system" ["sistema de negação ativa"], ela é uma forma não-letal de forçar os inimigos a interromperem seus ataques.
A tecnologia, dizem os militares, é supostamente inofensiva, e vai ser usada para ações em que se pretende poupar a vida de civis inocentes especialmente no Iraque e no Afeganistão.
A arma não deve ser produzida e utilizada até 2010, mas todas as forças Armadas do país demonstraram interesse na utilização dela.
Durante a primeira apresentação pública da arma, na quarta-feira (24), foram disparados raios contra um grupo de pessoas que fingiam participar de um protesto, como alguns contra os quais o Exército entra em confronto nas zonas de guerra. As pessoas atingidas pelo raio saltaram imediatamente para longe do seu alcance, e disseram sentir uma explosão de calor dentro do corpo e como se suas roupas estivessem em chamas.
"Esta é uma das tecnologias-chaves para o futuro", disse o coronel Kirk Hymes, diretor do programa de armas não-letais da Marinha, que ajudou a desenvolver a nova arma.
A arma pôde ser utilizada de uma distância de cerca de 250 metros, 17 vezes mais longe de que a que podem ser usadas outras armas não-letais, como balas de borracha
O sistema usa ondas eletromagnéticas milimétricas que penetram apenas 0,01% da pele, o suficiente apenas para causar desconforto. O raio não atravessa paredes, mas consegue penetrar a maioria das roupas comuns.
"Não há nenhum dano colateral no uso dessa energia", disse o militar Adam Navin, que esteve no Iraque recentemente e fez parte do grupo de pessoas que atuou no protesto que foi interrompido pelo uso demonstrativo da arma.
G1