No segundo bloco do debate entre os três candidatos a presidência da Câmara, a discussão sobre a corrupção na Casa foi a mais polêmica. Perguntado sobre a punição de deputados envolvidos em escândalos, o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) afirmou que as punições dependem do regimento interno e que os deputados envolvidos em escândalos e reeleitos foram absolvidos pelo voto. Minutos depois, Chinaglia afirmou que o regimento da Câmara poderá ser alterado neste sentido.
"A pergunta que a mim foi feita é se a iria ou não iria trabalhar o expurgo. Primeiro, o deputado que foi eleito, quem se sente no poder de dizer que ele não tem direito de exercer o cargo? Repilo a insinuação de que eu teria dito que o voto absolve", afirmou.
O atual presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), foi questionado sobre a possibilidade de reabrir processos de cassação da Legislatura anterior e afirmou que qualquer tramitação de processo dessa natureza ou tem iniciativa de um partido político, e não passa pela presidência da Câmara, ou é destinada ao corregedor da Casa, que oferece um parecer se dará prosseguimento ou não ao processo.
Gustavo Fruet (PSDB-SP) respondeu sobre a contratação de parentes dentro dos Três Poderes. "Como deputado, votei contra o nepotismo, não generalizo, pois sei que tem muitos parentes competentes trabalhando como deputados. Está lá o meu voto, que já foi votado na Câmara dos Deputados. Esse é um fato que voltará a ser discutido no Poder Judiciário", disse. Para Fruet, é necessário valorizar os funcionários de carreira da Câmara dos Deputados.
Ainda sobre os cargos da Casa, Fruet se disse favorável à redução de gastos, mas com racionalização. "Só temos que defender cargos comissionados se for extremamente necessário".
Redação Terra